São Paulo, quarta-feira, 23 de junho de 2004

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FUTEBOL

Com estratégia poucas vezes vista, Azzurra deixa, invicta, a competição

Eurocopa vê naufrágio da Itália que escolheu atacar

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Na Eurocopa de Portugal, a Itália atacou como poucas vezes na sua história, mas perdeu como sempre nos últimos 22 anos.
Os italianos, que não ganham um título de peso desde a Copa do Mundo de 1982, foram eliminados ontem mesmo depois de vencerem a Bulgária por 2 a 1 e terminarem a primeira fase invictos.
Avançaram na chave Suécia e Dinamarca, que empataram em 2 a 2, o que causou um tríplice empate -os times escandinavos foram beneficiados por terem marcado mais gols do que os italianos.
A igualdade em dois tentos entre suecos e dinamarqueses eliminaria a Itália mesmo que esta tivesse vencido a Bulgária por uma maior diferença, já que o regulamento da Euro diz que, em caso de empate triplo, apenas os jogos entre essas equipes são considerados para critério de desempate.
"Não há dúvida. O jeito que Dinamarca e Suécia desenvolveram o jogo mostra que eles procuravam o empate. Mas isso é difícil de provar", disse Franco Carraro, presidente da federação italiana.
Além das suspeitas de um jogo amigável entre os vizinhos da Escandinávia, o que a Uefa refutou rapidamente, os italianos levam para casa um fracasso obtido com um time bastante ofensivo.
A Itália sempre jogou com três jogadores no ataque, e isso acabou com seu histórico estilo retranqueiro. Os números da Eurocopa mostram que o time do técnico Giovanni Trapattoni priorizou um estilo ofensivo. O time teve média de 18,7 finalizações por jogo, a terceira maior marca do torneio. A badalada França terminou a primeira fase com média de 14,3 conclusões por partida.
Ontem, contra a Bulgária, teve nada menos do que 25 chances, mas ainda assim só conseguiu assinalar o gol da vitória, com Cassano, nos acréscimos.
A Itália ainda terminou sua participação como a terceira equipe mais leal da Eurocopa, com média de 16 faltas por partida.
"Voltaremos para casa com a cabeça erguida", diz Trapattoni, que também fracassou na Copa-2002 e deve perder o emprego. "Não sei sobre o meu futuro", disse ele, que terá seu contrato encerrado no dia 15 de julho. Marcello Lippi é o favorito para sua vaga.


Com agências internacionais

NA TV - Alemanha x República Tcheca, Record e Sportv, Holanda x Letônia, Sportv 2, às 15h45


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