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FUTEBOL
Com estratégia poucas vezes vista, Azzurra deixa, invicta, a competição
Eurocopa vê naufrágio da Itália que escolheu atacar
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Na Eurocopa de Portugal, a Itália atacou como poucas vezes na
sua história, mas perdeu como
sempre nos últimos 22 anos.
Os italianos, que não ganham
um título de peso desde a Copa do
Mundo de 1982, foram eliminados ontem mesmo depois de vencerem a Bulgária por 2 a 1 e terminarem a primeira fase invictos.
Avançaram na chave Suécia e
Dinamarca, que empataram em 2
a 2, o que causou um tríplice empate -os times escandinavos foram beneficiados por terem marcado mais gols do que os italianos.
A igualdade em dois tentos entre suecos e dinamarqueses eliminaria a Itália mesmo que esta tivesse vencido a Bulgária por uma
maior diferença, já que o regulamento da Euro diz que, em caso
de empate triplo, apenas os jogos
entre essas equipes são considerados para critério de desempate.
"Não há dúvida. O jeito que Dinamarca e Suécia desenvolveram
o jogo mostra que eles procuravam o empate. Mas isso é difícil de
provar", disse Franco Carraro,
presidente da federação italiana.
Além das suspeitas de um jogo
amigável entre os vizinhos da Escandinávia, o que a Uefa refutou
rapidamente, os italianos levam
para casa um fracasso obtido com
um time bastante ofensivo.
A Itália sempre jogou com três
jogadores no ataque, e isso acabou com seu histórico estilo retranqueiro. Os números da Eurocopa mostram que o time do técnico Giovanni Trapattoni priorizou um estilo ofensivo. O time teve média de 18,7 finalizações por
jogo, a terceira maior marca do
torneio. A badalada França terminou a primeira fase com média de
14,3 conclusões por partida.
Ontem, contra a Bulgária, teve
nada menos do que 25 chances,
mas ainda assim só conseguiu assinalar o gol da vitória, com Cassano, nos acréscimos.
A Itália ainda terminou sua participação como a terceira equipe
mais leal da Eurocopa, com média de 16 faltas por partida.
"Voltaremos para casa com a
cabeça erguida", diz Trapattoni,
que também fracassou na Copa-2002 e deve perder o emprego.
"Não sei sobre o meu futuro", disse ele, que terá seu contrato encerrado no dia 15 de julho. Marcello
Lippi é o favorito para sua vaga.
Com agências internacionais
NA TV - Alemanha x
República Tcheca, Record
e Sportv, Holanda x Letônia,
Sportv 2, às 15h45
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