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Poupados minimizam boa atuação
Emerson diz que Japão deu facilidades que time não teve contra Croácia e Austrália; Roberto Carlos critica imprensa
Zé Roberto nega entrevista;
Juninho alfineta atletas que não jogaram ao dizer que seleção conseguiu marcar melhor a saída de bola rival
DOS ENVIADOS A DORTMUND
Com as cinco alterações feitas por Carlos Alberto Parreira
ontem, o mau humor mudou de
lado na seleção brasileira.
Quase todos que foram para
o banco de reserva passaram de
cara amarrada pelos jornalistas
e não quiseram dar entrevistas.
Quem aceitou falar minimizou o desempenho do time na
vitória sobre o Japão.
Roberto Carlos tentou evitar
as perguntas, porém, não se
conteve ao ouvir que o Brasil tinha jogado melhor ontem.
"Tudo mentira. Contra a
Austrália e a Croácia [disseram
que] não jogamos bem. Diante
do Japão, fizemos só o nosso
trabalho, não podemos escutar
a imprensa", declarou o lateral.
Até então solícito, Zé Roberto fechou a cara e avisou que
não daria entrevista ao passar
pelos jornalistas. "Não joguei,
velho", disse. O meia entrou no
campo na metade do segundo
tempo substituindo Kaká.
A amigos o meia disse não
entender o motivo para ter saído do time titular, já que foi
eleito o melhor em campo pela
Fifa na partida anterior.
Emerson, que se irritou ao
ser substituído contra a Austrália, afirmou ter ficado feliz com
o triunfo, por fazer "parte do time". Porém, enumerou motivos que facilitaram, segundo
ele, a apresentação da seleção.
"Claro que, jogando já classificado, o time tem mais tranqüilidade, e contra uma equipe
que saiu para o jogo. Não foi assim contra Austrália e Croácia,
claro que tudo isso facilita."
Juninho, irritado com a reserva até entrar ontem, não levou nada disso em consideração ao comentar o desempenho
do time. "Acho que conseguimos marcar melhor a saída de
bola. Essa vinha sendo uma
grande dificuldade da equipe."
A chance de entrar mexeu
com os nervos de alguns antes
da partida. Estavam em dúvida,
pois Parreira só contou quem
jogaria no fim da tarde.
Mas houve também resignação entre os titulares por um
dia. "Tenho consciência que a
vaga é do Roberto Carlos", disse
Gilberto. Ele classificou o gol
que marcou ontem como o
mais bonito de sua carreira.
A oportunidade dada por
Parreira desenferrujou alguns
dos reservas diante dos microfones, como Rogério. Ele nunca
deu tantas entrevistas na Copa
como ontem, para falar dos
pouco mais de cinco minutos
que jogou.
(EAR, FV, PC, RP E SR)
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