São Paulo, terça-feira, 23 de junho de 2009

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Fina libera maiôs e ajuda brasileiros

Federação confirma o recorde de Felipe França nos 50 m peito, mas veta a marca do francês Alain Bernard nos 100 m livre

Para Cielo, a lista de trajes aprovados para o Mundial, divulgada ontem, fará com que os rivais testem roupas, em vez de focarem os treinos


DA REPORTAGEM LOCAL

Os brasileiros receberam uma boa notícia: a Fina (Federação Internacional de Natação) liberou ontem a utilização dos maiôs de poliuretano, inclusive o famoso Jaked 01, e confirmou o recorde mundial de Felipe França, de 26s89 nos 50 m peito - obtido no Troféu Maria Lenk, em maio deste ano, no Rio de Janeiro.
A decisão aumenta ainda mais as chances de medalha da delegação nacional no Mundial de Roma, que será realizado de 26 de julho a 2 de agosto.
"Com certeza, quem prefere utilizar este tipo de vestimenta está feliz. Com relação ao recorde do Felipe, já era esperada a decisão. Foi apenas uma questão de tempo para a confirmação", disse Alberto Silva, técnico da seleção brasileira de natação. A marca de Felipe, no entanto, ainda depende do resultado do exame antidoping para ser homologada.
Outro recorde mantido foi o do francês Frederick Bousquet, de 20s94 nos 50 m livre. Já o compatriota Alain Bernard não teve sua marca homologada. Em Montpellier, em abril, Bernard nadou os 100 m livre em 46s94 e se tornou o primeiro homem a concluir a prova em menos de 47 segundos.
A marca do francês não foi confirmada devido à vestimenta usada na ocasião, assim como cinco tempos de outros nadadores. Bernard nadou com um modelo da Arena. "As posições da Fina são contraditórias e impossíveis de entender", lamentou Bernard.
Com a decisão da Fina, o recorde permanece com o australiano Eamon Sullivan, que marcou 47s05 na Olimpíada de Pequim. A Federação Francesa de Natação ainda pretende recorrer da decisão. "Esse não é o fim da história. Agora, nós devemos defender os interesses do nosso atleta", disse Christian Donze, diretor técnico da federação.
De acordo com Alberto Silva, os integrantes da delegação brasileira já entregaram os maiôs que serão utilizados no Mundial de Roma para a análise da Fina. "Durante a disputa do Aberto de Paris, encaminhamos as vestimentas para o Ricardo de Moura [diretor técnico da CBDA] e para a Fina", explicou Alberto.
Campeão olímpico nos 50 m livre, o brasileiro Cesar Cielo praticamente definiu qual maiô vai utilizar no Mundial de Roma. A liberação dos trajes foi duramente criticada pelo brasileiro. "Devo usar o Arena R-Evolution+. A Fina não deveria ter liberado os maiôs tão próximo do Mundial. O ano será lembrado pela polêmica das vestimentas. Foi uma decisão equivocada", afirmou Cielo.
O recordista olímpico nos 50 m livre acredita que os adversários ainda irão quebrar a cabeça para escolher qual modelo utilizar no Mundial.
"Enquanto preciso me concentrar apenas nos treinos e nas minhas competições, muita gente ainda terá de testar novos maiôs nos próximos campeonatos e, talvez o mais difícil, conseguir esses modelos para testar, porque vários deles ainda não estão disponíveis no mercado", disse Cielo.


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