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Final termina em briga generalizada
LIBERTADORES Confusão toma conta do gramado, e jornalistas uruguaios são ameaçados na tribuna
DE SÃO PAULO
O fim da decisão da Libertadores foi digno das piores
cenas da história do tão acidentado torneio continental.
Uma batalha campal tomou conta do Pacaembu.
Os jogadores do Peñarol,
inconformados com supostas provocações, entraram
em choque até com a polícia.
Uma versão apontada para o tumulto foi uma agressão de um membro da comissão técnica do Santos a Martinuccio. Esse teria sido o estopim da confusão, que teve
como uma vítima Elano, que
ficou caído no gramado.
"Eles [uruguaios] não sabem perder, deixa esses caras para lá", falou Neymar,
enquanto o Peñarol ouvia o
coro de "timinho" da torcida.
O clima piorou no estádio
quando o Peñarol fez seu gol
ontem. Os uruguaios comemoraram de forma efusiva na
área de imprensa, colada à
tribuna central onde fica, em
tese, a torcida VIP.
Os incentivos de jornalistas torcedores do Peñarol revoltaram os santistas que estavam perto. Houve troca de
ofensas, arremesso de objetos e cusparadas.
Os jornalistas uruguaios,
depois de uma intervenção
da segurança, tiveram que
deixar o espaço. Pelo regulamento da Libertadores, o Peñarol era obrigado a receber
as medalhas de vice-campeão no gramado, na cerimônia oficial da Conmebol.
Demorou, mas o time uruguaio, após se recolher, retirou sua premiação debaixo
de vaias do público.
Em 1962, quando Santos e
Peñarol decidiram a Libertadores, também houve muita
confusão no jogo. Na Vila
Belmiro, após mais de três
horas, foi decretado um 3 a 2
para o time uruguaio. Houve
garrafada em bandeirinha e
ameaça de morte ao juiz.
Desta vez, a arbitragem
não foi alvo de protestos.
A velha rivalidade entre
brasileiros e uruguaios e,
mais especialmente, entre
Santos e Peñarol é que deu a
tônica.0
(RODRIGO BUENO E RODRIGO MATTOS)
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