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Privilégio
Em seu torneio de estreia na seleção, Mano leva vantagem sobre seus antecessores e contará com os 23 preferidos na Copa América
MARTÍN FERNANDEZ
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A LOS CARDALES
O técnico Mano Menezes
vai ter um grande privilégio
em relação a seus antecessores. Contará com os 23 jogadores que considera os melhores para disputar a Copa
América da Argentina.
O torneio continental, primeiro compromisso oficial
do técnico gaúcho com a seleção, é historicamente ignorada por craques brasileiros e
seus "donos" europeus.
Ainda assim, sem contar
com seus principais astros
-às vezes jogando até com
uma seleção B-, o Brasil
construiu uma recente hegemonia na competição.
Ganhou quatro das últimas cinco Copas Américas
mesmo com desfalques. Só
falhou em 2001, quando a
Colômbia venceu em casa.
"Para mim, é uma honra
estar aqui, conviver com este
grupo. Seleção é sempre um
patamar maior", disse o goleiro Júlio César ontem.
A CBF não quis obrigar os
jogadores que atuam na Europa (16 dos 23 convocados) a
emendar a temporada nos
clubes com os treinos na seleção. Por isso, deu férias de
duas semanas aos atletas.
Das 12 seleções que disputam a Copa América, o Brasil
foi a que começou sua preparação mais tarde. O primeiro
treinou ocorreu ontem, a 11
dias da estreia, que será contra a Venezuela, no dia 3.
Hoje, no final da tarde,
juntam-se ao grupo que está
na Argentina os santistas
Elano, Paulo Henrique Ganso e Neymar, que ontem conquistaram a Taça Libertadores em cima do uruguaio Peñarol, no Pacaembu.
O Brasil sofre com baixas
-voluntárias ou não- desde
a Copa América de 1999.
Naquele ano, o goleiro Taffarel e o meia Leonardo não
quiseram jogar o torneio no
Paraguai, vencido pelo Brasil
de Vanderlei Luxemburgo.
Em 2001, Mauro Silva foi o
exemplo mais gritante. O volante se recusou a embarcar
para a Colômbia, que então
atravessava uma grave crise
de segurança pública.
A equipe de Luiz Felipe
Scolari foi eliminada por
Honduras nas quartas.
Três anos depois, Parreira
levou um "time B" para o Peru e foi campeão. A seleção
disputava as eliminatórias
da Copa ao mesmo tempo, e o
técnico deu descanso a Ronaldo, Ronaldinho, Kaká,
Cafu e Roberto Carlos.
Em 2007, Kaká e Ronaldinho não quiseram ir com
Dunga para a Venezuela.
Na conquista brasileira,
brilharam jogadores como
Doni e Júlio Baptista, que,
mesmo em baixa três anos
depois, garantiram seus lugares na Copa da África.
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