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Participação da equipe termina com dez finalistas e recorde de medalhas
DOS ENVIADOS AO RIO
O judô brasileiro encerrou
ontem sua participação no Pan
com um recorde de 13 medalhas em 14 possíveis e com a
inédita marca de dez finalistas.
Ainda assim, não atingiu completamente objetivo que tinha.
A meta era tirar a hegemonia
de Cuba no quadro de medalhas e igualar ou superar o desempenho em Santo Domingo-2003. Faltou um ouro -justo o
que serviria para bater os caribenhos no cômputo geral.
Ontem, foram quatro medalhas. O campeão mundial João
Derly venceu a classe meio-leve
(até 66 kg) e exorcizou os traumas que trazia de 2003 no
evento. A equipe feminina encerrou sua participação com
100% dos pódios, com as pratas
de Érika Miranda (nos 52 kg) e
Daniela Polzin (nos 48 kg). E
Alexandre Lee, nos 60 kg, acabou com o bronze.
O judô brasileiro encerrou o
Pan carioca com quatro ouros,
seis pratas e três bronzes.
"O objetivo aqui era dez ou
mais medalhas, com cinco ou
mais de ouro [resultado do Pan
passado]", falou o coordenador
técnico, Ney Wilson.
"Não atingimos o objetivo,
em qualidade, talvez em função
dos acidentes de competição",
ponderou ele, lembrando que,
anteontem, Flávio Canto deixou a competição com luxação
no braço direito e Leandro Guilheiro lutou (e perdeu) a final
com uma contratura na musculatura da região lombar.
Luis Shinohara, treinador
dos homens, foi mais sucinto:
"Tá um pouco abaixo da expectativa no masculino". Ele atribuiu isso ao nível técnico da
competição, que julgou alto,
além dos contratempos.
No masculino, as medalhas
foram mais pulverizadas. Brasil, Cuba e EUA acabaram com
dois ouros cada. No feminino,
Cuba encerrou com três e as
brasileiras com dois.
Agora, a preocupação é com o
Campeonato Mundial, que
acontece no Rio de 13 a 16 de setembro. Para os dirigentes, é
importante diferenciá-lo do
Pan. "A distância é muito grande. O nível do Mundial é bem
mais alto", enfatizou Wilson.
Para Derly, que amargou
uma série de contratempos
após ter fracassado em Santo
Domingo na categoria ligeiro
(até 60 kg), o título de ontem
valeu como seletiva. Com o ouro, ele garantiu o posto de titular do Mundial e poderá defender o título obtido no Cairo há
dois anos -quando foi eleito o
melhor judoca da competição.
"Agora volto a atenção para o
Mundial. A equipe toda tem
chance de medalha. Creio que,
dentro do Brasil, vamos superar o Mundial passado", apontou o gaúcho.
(LF E RM)
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