São Paulo, segunda-feira, 23 de julho de 2007

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Participação da equipe termina com dez finalistas e recorde de medalhas

DOS ENVIADOS AO RIO

O judô brasileiro encerrou ontem sua participação no Pan com um recorde de 13 medalhas em 14 possíveis e com a inédita marca de dez finalistas. Ainda assim, não atingiu completamente objetivo que tinha.
A meta era tirar a hegemonia de Cuba no quadro de medalhas e igualar ou superar o desempenho em Santo Domingo-2003. Faltou um ouro -justo o que serviria para bater os caribenhos no cômputo geral.
Ontem, foram quatro medalhas. O campeão mundial João Derly venceu a classe meio-leve (até 66 kg) e exorcizou os traumas que trazia de 2003 no evento. A equipe feminina encerrou sua participação com 100% dos pódios, com as pratas de Érika Miranda (nos 52 kg) e Daniela Polzin (nos 48 kg). E Alexandre Lee, nos 60 kg, acabou com o bronze.
O judô brasileiro encerrou o Pan carioca com quatro ouros, seis pratas e três bronzes.
"O objetivo aqui era dez ou mais medalhas, com cinco ou mais de ouro [resultado do Pan passado]", falou o coordenador técnico, Ney Wilson.
"Não atingimos o objetivo, em qualidade, talvez em função dos acidentes de competição", ponderou ele, lembrando que, anteontem, Flávio Canto deixou a competição com luxação no braço direito e Leandro Guilheiro lutou (e perdeu) a final com uma contratura na musculatura da região lombar.
Luis Shinohara, treinador dos homens, foi mais sucinto: "Tá um pouco abaixo da expectativa no masculino". Ele atribuiu isso ao nível técnico da competição, que julgou alto, além dos contratempos.
No masculino, as medalhas foram mais pulverizadas. Brasil, Cuba e EUA acabaram com dois ouros cada. No feminino, Cuba encerrou com três e as brasileiras com dois.
Agora, a preocupação é com o Campeonato Mundial, que acontece no Rio de 13 a 16 de setembro. Para os dirigentes, é importante diferenciá-lo do Pan. "A distância é muito grande. O nível do Mundial é bem mais alto", enfatizou Wilson.
Para Derly, que amargou uma série de contratempos após ter fracassado em Santo Domingo na categoria ligeiro (até 60 kg), o título de ontem valeu como seletiva. Com o ouro, ele garantiu o posto de titular do Mundial e poderá defender o título obtido no Cairo há dois anos -quando foi eleito o melhor judoca da competição.
"Agora volto a atenção para o Mundial. A equipe toda tem chance de medalha. Creio que, dentro do Brasil, vamos superar o Mundial passado", apontou o gaúcho. (LF E RM)


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