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SAIBA MAIS
Ginastas precisam obedecer a roteiro e ganhar oito jurados
DA REPORTAGEM LOCAL
Oito jurados definem hoje
quem deixará o Ginásio Olímpico com o ouro do solo. Cada
ginasta tem 90 segundos para
executar a série, e a nota sai rápido, em cerca de um minuto.
Ao fim de cada exibição, dois
jurados, o A1 e o A2, dão a nota
de partida, a pontuação máxima que a ginasta pode receber.
Imediatamente, outros seis
árbitros, do painel B, dão descontos ou acréscimos. São avaliados três tópicos: cinco exigências básicas (um ponto),
execução da série (cinco pontos) e elementos obrigatórios
(2,8 pontos). O 1,2 restante para completar dez fica a cargo
dos juízes, conforme a análise
da performance da atleta.
Os elementos da coreografia,
acrobáticos ou artísticos, são
divididos em categorias: A, B,
C, D, E e Super E. Na parte
obrigatória, a ginasta tem que
apresentar pelo menos quatro
As (0,1 ponto cada um), três Bs
(0,3) e três Cs (0,5).
As exigências básicas no solo
são uma seqüência acrobática
com dois mortais, três mortais
diferentes em toda a série, uma
seqüência de dança, giros e a
última acrobacia, de valor C ou
D. Os elementos de categoria
D, E e Super E dão acréscimos
de 0,1, 0,2 e 0,3 ponto.
O duplo twist carpado e sua
versão esticada apresentados
por Daiane dos Santos rendem, cada um, pelo menos 0,3.
Qualquer erro, entretanto,
prejudica a série e até mesmo
as bonificações.
A pior falha é a queda, que
acarreta desconto de meio
ponto. Ao final da avaliação do
painel B, são descartadas a
maior e a menor das seis notas.
A média das outras quatro define a pontuação final.
Segundo Yumi Sawasato,
única árbitra brasileira na ginástica artística dos Jogos, a
chance de erro nas avaliações,
como ocorreu na final do individual geral masculino, é muito pequena. "Há uma padronização, um código de notas. As
acrobacias da Daiane, por
exemplo, são mais difíceis,
mas a série vale dez por igual.
Vale a precisão. Se der um passo a mais, é capaz de perder."
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