São Paulo, domingo, 23 de agosto de 2009

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JUCA KFOURI

Vitória para aliviar o Palmeiras


O Palmeiras foi bem até fazer 2 a 0 na partida que valia seis pontos diante deste chorão Internacional

O PALMEIRAS jogou de bela camisa nova e espremeu o Inter até fazer 1 a 0. Antes de abrir o marcador, com Obina, de pênalti, houve outro a seu favor, não assinalado, quando Diego Souza teve uma bola desviada com o cotovelo acima da linha do ombro por um defensor colorado.
Mesmo depois de perder Cleiton Xavier, o Palmeiras seguiu muito mais perigoso e só foi sofrer algum risco nos segundos finais do primeiro tempo, diante de um Inter que ultimamente mais reclama do que joga futebol, como se verá adiante.
Ortigoza liquidou o jogo logo no começo do segundo tempo, garantindo uma vitória importante para um Palmeiras que vinha de preocupantes empates e derrota nos últimos quatro jogos, mas que não precisava levar o sufoco que levou no fim, quanto sofreu o gol gaúcho.

Na hora certa
"É um menino que tem muita perseverança e personalidade, o que não é fácil ter. Sofre preconceitos por parte de muita gente, não só de torcida, mas é um cara do qual eu tenho orgulho de trabalhar e de estar ao lado todos os dias", declarou Rogério Ceni, o maior ídolo do São Paulo, sobre o curinga Richarlyson. Rogério não precisa dizer mais nada além do que disse.

Choradeiras
Time para ser campeão precisa ganhar também dos erros de arbitragem, precisa superá-los. E imputar derrotas ao apito é o melhor meio de acomodar os jogadores e desenvolver neles o tal do complexo de perseguição. Em casa e contra um Corinthians esfacelado, o Inter tinha a obrigação de vencer com ou sem bandeirinhas cegos. Como tinha a obrigação, em 2005, de ganhar do rebaixado Coritiba, no último jogo do Brasileirão, para ser o campeão, apesar do pênalti não marcado em Tinga e dos jogos que foram disputados novamente, que acabaram beneficiando o Corinthians, que acabou levando um título menor, sem dúvida, manchado. Mas o fato é que o Inter precisa ser aquilo que fez dele um incontestável tricampeão brasileiro, campeão da Libertadores e Mundial, com erros de arbitragem contra e a favor, em vez de virar vale de lágrimas ou produtor de DVDs.

Sofismas
O executivo da Globo Esporte, Marcelo de Campos Pinto, sofisma nesta Folha na página 3 de ontem ao discutir a adequação do calendário nacional ao mundial. Não só porque não menciona que se joga futebol, e muito, no verão brasileiro, nos Estaduais que a Globo defende, como porque, ao se referir às cinco grandes ligas europeias que têm calendário idêntico, omite que são as cinco que fazem parte do Primeiro Mundo da bola. Como a Argentina, que adequou seu calendário não é de hoje. Já a Rússia, que não adequou, não faz parte deste mundo. Não é intelectualmente honesto argumentar que a adequação do calendário não é a solução para o êxodo dos jogadores, porque ninguém, nem o mais ferrenho dos defensores da adequação, diz tal barbaridade.

Que vergonha!
E o Aloisio Mercador, hein?

blogdojuca@uol.com.br


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