O Majestoso foi o clássico de um time só pois o São Paulo não fez frente ao Corinthians

MANO MENEZES, da tribuna do Pacaembu, viu o time que ele montou jogar com o estilo do novo técnico, Adilson Batista, bem mais agressivo.
Mas viu um São Paulo tão sem espinha dorsal como nunca teve a chance de enfrentá-lo, embora seja fartamente responsável pela escrita de, agora, dez jogos sem derrotas para o rival.
O Corinthians liquidou com o jogo ainda no 1º tempo, com dois gols de Elias, no meio e no fim.
Jorge Henrique aberto como um ponta direita de antigamente e Elias mais como ponta de lança do que como meio-campista levaram o Corinthians a jogar como bem quis, até a desacelerar no 2º tempo para fazer 3 a 0 com Jucilei, quando o São Paulo achava que tinha equilibrado o jogo. Leda ilusão.
Menos mal para o Brasileirão que o Fluminense não tenha escapado como Dilma Rousseff.
Saiu na frente do Vasco, tomou a virada num Maracanã feérico, empatou numa bobeada colossal de dois vascaínos experientes (Felipe e Zé Roberto) e viu Deco estrear no segundo tempo com o desperdício do gol mais feito do clássico, aos 40min.
Flu e Corinthians livraram boa vantagem dos perseguidores e, se o tricolor, que num dia triste malufou contra Tancredo Neves, não repete a dianteira de Dilma, o Corinthians, ao menos, não faz as bobagens de José Serra. De fato, nada indica que o Brasileirão vá terminar no primeiro turno, apesar dos tropeços do Cruzeiro e do vacilo do campeoníssimo Inter. Porque quem tirar o Santos do páreo cometerá grave equívoco.

APITO DECIDE
O Santos jogou melhor do que o Galo é até fez por merecer a vitória na Vila Belmiro, no "Jogo do Fico" de Neymar, que, por sinal, merecia bem mais que os 10 mil torcedores no estádio. Mas um pênalti mal marcado, típico lance de bola na mão, destruiu o esquema mineiro e abriu a porta para os 2 a 0.
Como um pênalti não marcado para o Guarani (Mazola teve a camisa puxada na área -e ainda levou amarelo!), nos derradeiros minutos do jogo no 0 a 0 do Brinco de Ouro, impediu que se fizesse justiça na volta de Valdivia ao Palmeiras, que, a exemplo de Keirrison, no Santos, jogou só discretamente.

AH, BOM!
Após o que ocorreu no Hotel Intercontinental, em São Conrado, no Rio, é tranquilizador ouvir o prefeito da Cidade Maravilhosa, Eduardo Paes, dizer "eu tenho certeza de que realizaremos os Jogos Olímpicos com segurança". Podemos dormir tranquilos.

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