São Paulo, terça-feira, 23 de agosto de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Sobrinho de Senna volta a ser titular

F-1
Bruno, que era piloto de testes, irá assumir o cockpit da Renault


TATIANA CUNHA
DE SÃO PAULO

O Brasil terá três pilotos no grid de largada da 12ª etapa do Mundial de F-1, domingo, no GP da Bélgica, que acontece em Spa-Francorchamps.
A Folha apurou que Bruno Senna, 27, será titular da Renault. Depois de passar mais da metade da temporada como piloto de testes da equipe, ele substituirá o alemão Nick Heidfeld, titular desde o começo deste ano.
Bruno se juntará a Felipe Massa e Rubens Barrichello, os outros brasileiros que competem na F-1 atualmente.
Um anúncio oficial deve ser feito hoje ou amanhã pela Renault, que não confirmou a informação ontem.
O mais provável é que o piloto brasileiro fique com o lugar até o final da temporada, já que o desempenho de Heidfeld não vinha agradando havia algumas corridas. O alemão foi chamado às pressas, no início do ano, para substituir Robert Kubica, ferido gravemente em um rali.
A insatisfação com Heidfeld virou pública nas palavras de Eric Boullier, chefe da Renault. "O desempenho dele é bom, mas não bom o suficiente. O ritmo de corrida é bom, mas, se ele se classificasse melhor, teria mais chances de marcar pontos."
Após um início de temporada razoável, Heidfeld viu sua performance cair nas últimas etapas -ele tem 34 pontos contra 32 de Vitaly Petrov, seu companheiro.
O primeiro indício de que a Renault estava pensando em substituí-lo surgiu no GP da Hungria, a última etapa da F-1 antes das férias deste mês.
Na ocasião, Bruno ganhou a oportunidade de testar pela equipe durante a sessão de sexta-feira pela manhã e, apesar do pouco tempo que teve no circuito, agradou aos dirigentes da Renault.
O sobrinho de Ayrton Senna, que em 2010 fez sua temporada de estreia na categoria pela nanica Hispania, tenta há um bom tempo conseguir bons patrocínios para assumir uma vaga de titular.
Antes mesmo de fazer o teste na Hungria, Bruno havia viajado ao Brasil com Gerard Lopez, dono da Genii Capital, empresa que comprou a Renault, para conversar com eventuais parceiros.
"Tivemos muitas reuniões, mas todo mundo sabe que entre um bom encontro e um cheque assinado há um longo caminho a ser percorrido", disse Bruno em Budapeste.
Na semana retrasada, no entanto, a Genii anunciou uma parceria com o grupo WWI (World Wide Investments) para investir US$ 10 bilhões (aproximadamente R$ 15,9 bilhões) no Brasil nos próximos anos.
As empresas querem investir em energia, energia renovável, imóveis, tecnologia de informação, petróleo, gás natural e setor automotivo.
Bruno não foi encontrado para comentar sobre seu retorno às pistas como titular.


Texto Anterior: Santos: Com pontos na cabeça, Rafael promete jogar
Próximo Texto: 2014: Zico diz ter acordo para comandar o Iraque
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.