São Paulo, sábado, 23 de setembro de 2000

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VÔLEI
Brasil vence e adia duelo com favoritas

DO ENVIADO A SYDNEY

A seleção feminina de vôlei obteve o que pretendia na fase classificatória da Olimpíada: mesmo que perca dos EUA na decisão do primeiro lugar do Grupo A, terá adiado o encontro com Cuba ou Rússia para as semifinais.
O Brasil derrotou ontem a seleção da Croácia por 3 a 0 (parciais de 25/21, 25/23 e 25/23), em uma hora e oito minutos, em Sydney, mantendo-se invicta na competição passadas quatro rodadas.
Hoje, às 22h30, as brasileiras decidirão com as norte-americanas, que também venceram os quatro rivais, o título da chave.
O vencedor terá a vantagem de enfrentar, nas quartas-de-final, o quarto colocado do Grupo B, que tem Rússia, Cuba e Coréia do Sul, pela ordem, na dianteira. Itália e Alemanha (uma vitória em três jogos) decidem na noite de hoje quem ficará a última vaga.
""Cumprimos a nossa meta inicial, que era evitar Cuba e Rússia nas quartas-de-final. Se já pudesse determinar quem seria nosso adversário, essa partida com os EUA teria pouca importância", disse o técnico Bernardinho.
Acontece que, se terminar em segundo lugar, a seleção enfrentará a Coréia do Sul.
""Italianas e alemãs têm um estilo parecido, mas que é totalmente diferente do das coreanas. O bom de jogar com os EUA, além de ganhar moral se formos vencedores da chave, é poder treinar o time. Com essa sequência de jogos e contusões, nós treinamos pouco", afirmou o técnico.
Referia-se aos problemas físicos apresentados por Virna (inflamação no pé), Fofão (tendinite no tornozelo esquerdo), já recuperadas, e Érika (dores no joelho).
Diante dos EUA, Bernardinho até exigirá que suas jogadoras conversem o mínimo possível durante a partida. A explicação: Tara Cross-Battle e Danielle Scott, justamente os maiores destaques do time rival, jogam no Brasil.
""É uma partida para falar pouco em quadra, usar só os sinais, porque as duas falam português e podem marcar as jogadas."
Embora tenha permanecido sem perder um set no torneio, o Brasil não repetiu contra a Croácia o comportamento que teve contra a China no jogo anterior. Principalmente porque não conseguiu anular a atacante Barbara Jelic, a maior pontuadora da partida, com 23 pontos -e que estabelecera o recorde olímpico de 44 pontos contra as chinesas.
Eram Jelic e Nastaha Leto (autora de 14 pontos) os maiores temores da seleção. ""Ela é uma grande jogadora. Todas as bolas vão para a mão dela", declarou Virna, autora de 13 pontos. (JAD)


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