São Paulo, domingo, 23 de setembro de 2001

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PAINEL FC


Emperrou
Após análise do decreto enviado pelo ministro Carlos Melles (Esporte e Turismo) que regulamenta a Liga Nacional, a Casa Civil deve devolvê-lo. Advogados do governo dizem que a limitação do mandato do presidente da associação a no máximo dois anos é inconstitucional.

Colher de pau
Para a Casa Civil, a Constituição garante às entidades esportivas autonomia em sua gestão. Com a regulamentação, o governo estaria intervindo ilegalmente na nova associação.

Ainda dá
Fábio Koff, autor do texto que inspirou o decreto, diz que a limitação em anos não é imprescindível. Para o presidente do C13, o que não pode ser retirado do decreto são os parágrafos que exigem dos clubes medidas de saneamento fiscal.

Caiu na rede
Integrantes da CPI da CBF/Nike vão encaminhar abaixo-assinado à ONG Transparência Internacional, que tem sede no exterior, pedindo que ela disponibilize em seu site o relatório de Sílvio Torres (PSDB-SP).

Drible
A medida visa burlar decisão do Supremo Tribunal Federal, que proibiu a Câmara de divulgar em seu site o texto do deputado tucano, um forte ataque a Ricardo Teixeira.

Inimigos 1
Há quem jure no Congresso que o motivo real da convocação de Mario Celso Petraglia para depor na CPI do Futebol não tem nada a ver com seu controvertido relacionamento com o empresário Juan Figger.

Inimigos 2
O homem-forte do Atlético-PR é aliado de Jaime Lerner (PFL), governador do Paraná e potencial adversário de Álvaro Dias (sem partido-PR).

Isento
O presidente da CPI diz que isso é só coincidência. E que só tem como objetivo saber se Petraglia se envolveu em crimes contra a ordem financeira.


Novo modelo
O São Paulo desistiu de procurar grandes investidores estrangeiros. Agora, o presidente Paulo Amaral quer apenas firmar parceria com empresários para obter jogadores sem tirar recursos do caixa do clube.

Cobaia
O primeiro negócio deste tipo está sendo firmado com um grupo de investidores dos Estados Unidos, que quer comprar os direitos de Luís Fabiano e "emprestá-lo" ao São Paulo.

Modelo falido
Para Paulo Amaral, o modelo Palmeiras-Parmalat e Corinthians-HMTF acabou, pelo menos por enquanto. O motivo seria a falta de credibilidade do futebol e dos dirigentes do país.

Meeiro
No Palmeiras, Mustafá Contursi também defende a parceria com empresários. O meia Lopes, contratado por indicação de Luiz Felipe Scolari no ano passado, tem metade de seus direitos ligado a Léo Rabello.

Esmola...
O preparador físico Antonio Mello abriu mão de sua cota de camisas do Corinthians para presentear o médico Joaquim Grava, que adora dar o mimo a seus amigos e pacientes.

...com chapéu dos outros?
Mas o auxiliar Herón Ferreira acusa Mello de ter feito a boa ação com cota alheia. Reclamou que suas camisas sumiram de seu armário.

Motim rubro-negro
Vampeta, Edílson e Juan pressionam o técnico Zagallo para barrar Petkovic no Flamengo. Dizem que o sérvio foi beneficiado e que está com menos meses de salários atrasados que seus colegas de time.

Campanha
A chapa Resgate, criada pelos conselheiros de oposição do Santos, já tem quatro pré-candidatos às eleições presidenciais do clube: Fernando Silva, Celso Jatene, José Miguel Cecchinato e Pedro Luiz Nunes Conceição. A escolha será em outubro.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br


DIVIDIDA

Do lateral são-paulino Belletti, sobre o fato de o clube não se apresentar bem em seu estádio:
- Não têm explicação essas derrotas dentro do Morumbi. Mas também esse negócio de síndrome é pura bobagem.


CONTRA-ATAQUE

Só para fazer número

Desde os tempos em que comandava com sucesso o São Paulo, na década de 80, o técnico Cilinho tem como um de seus principais passatempos reunir os amigos para fazer churrasco e contar as histórias colecionadas durante a sua carreira.
Mas raramente ele aparece como personagem central de seus "causos". As suas histórias preferidas sempre foram as de companheiros que passaram por situações embaraçosas.
Uma das que ele não cansa de repetir é sobre um amigo que dirigia um time do interior.
Nos treinamentos, ele cantava o posicionamento dos jogadores gritando o número da camisa que cada um vestia nas partidas. Certa vez, foi surpreendido por um titular que abandonou o treino, sem explicação, após uma jogada ensaiada ser repetida várias vezes.
Nervoso, o técnico quis saber o motivo da indisciplina. A resposta estava na ponta da língua:
- O senhor disse que o dois passa para o dez, que toca para o sete cruzar na cabeça do nove. Eu sou o cinco, não tenho nada para fazer aqui, disse o jogador.



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