São Paulo, domingo, 23 de setembro de 2001

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TERRORISMO

Até roupas de Guga vão ajudar os que sofreram com atentados

Esporte dá US$ 25 mi para vítimas nos EUA

DA REPORTAGEM LOCAL

Quando o terror bate no coração do país mais poderoso do mundo, o esporte se mobiliza como nunca para ajudar.
As vítimas dos atentados que atingiram o World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, nos arredores de Washington, irão receber, pelo menos, cerca de US$ 25 milhões em doações de ligas, clubes e atletas.
Até o tenista brasileiro Gustavo Kuerten vai contribuir.
Anteontem, a ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) anunciou que entrou na campanha para arrecadar fundos para a ajuda aos norte-americanos.
Em um site dos EUA, a entidade que controla o tênis masculino, entre outros objetos de grandes astros, vai leiloar dois calções e uma camiseta de Guga, tudo autografado pelo melhor tenista do mundo na atualidade.
Se a ajuda do brasileiro é modesta, as dos grandes esportes americanos são milionárias.
A liga de beisebol, que teve jogos adiados em quase uma semana por causa dos ataques terroristas, é a que mais vai gastar.
A própria liga vai doar US$ 5 milhões para o auxílio às famílias dos mortos e dos feridos. O mesmo valor saíra dos cofres da associação de atletas da modalidade.
"A América e o beisebol sempre caminharam juntos", diz Donald Fehr, líder dos jogadores, com um discurso carregado de tons patrióticos, como o feito por quase todos os esportistas dos EUA.
Além disso, se multiplicam as doações individuais e de equipes.
Anteontem, por exemplo, os jogadores do New York Mets separaram um dia de salário de todo o elenco, o que equivale a cerca de US$ 450 mil, para entregar às famílias dos policiais e bombeiros mortos no desabamento do World Trade Center.
A NFL (liga de futebol americano), mesmo com um prejuízo de quase US$ 50 milhões apenas com os ingressos não vendidos para a rodada adiada do domingo passado, também enviou US$ 10 milhões às vítimas dos atentados do último dia 11.
Outras grandes ligas e entidades esportivas também irão separar parte de seus ganhos para amparar os atingidos pelos ataques.
Os jogadores da NBA já garantiram US$ 2 milhões. A liga de hóquei no gelo também já adiantou US$ 1,3 milhão.
Entidades sem o mesmo faturamento, mas com ligação muito próxima com Nova York, também já abriram o cofre.
É o caso, por exemplo, da USTA, que dirige o tênis no país e organiza o Aberto dos EUA, da série Grand Slam, na maior cidade da Costa Leste americana.
A entidade doou US$ 1 milhão para as vítimas, mais do que o prêmio concedido ao campeão de seu grande torneio. "A tragédia é uma perda incalculável para a nação e para o país", diz Merv Heller, presidente da USTA.
(PAULO COBOS)


Com agências internacionais



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