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TERRORISMO
Até roupas de Guga vão ajudar os que sofreram com atentados
Esporte dá US$ 25 mi para vítimas nos EUA
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando o terror bate no coração do país mais poderoso do
mundo, o esporte se mobiliza como nunca para ajudar.
As vítimas dos atentados que
atingiram o World Trade Center,
em Nova York, e o Pentágono,
nos arredores de Washington,
irão receber, pelo menos, cerca de
US$ 25 milhões em doações de ligas, clubes e atletas.
Até o tenista brasileiro Gustavo
Kuerten vai contribuir.
Anteontem, a ATP (Associação
dos Tenistas Profissionais) anunciou que entrou na campanha para arrecadar fundos para a ajuda
aos norte-americanos.
Em um site dos EUA, a entidade
que controla o tênis masculino,
entre outros objetos de grandes
astros, vai leiloar dois calções e
uma camiseta de Guga, tudo autografado pelo melhor tenista do
mundo na atualidade.
Se a ajuda do brasileiro é modesta, as dos grandes esportes
americanos são milionárias.
A liga de beisebol, que teve jogos adiados em quase uma semana por causa dos ataques terroristas, é a que mais vai gastar.
A própria liga vai doar US$ 5
milhões para o auxílio às famílias
dos mortos e dos feridos. O mesmo valor saíra dos cofres da associação de atletas da modalidade.
"A América e o beisebol sempre
caminharam juntos", diz Donald
Fehr, líder dos jogadores, com um
discurso carregado de tons patrióticos, como o feito por quase
todos os esportistas dos EUA.
Além disso, se multiplicam as
doações individuais e de equipes.
Anteontem, por exemplo, os jogadores do New York Mets separaram um dia de salário de todo o
elenco, o que equivale a cerca de
US$ 450 mil, para entregar às famílias dos policiais e bombeiros
mortos no desabamento do
World Trade Center.
A NFL (liga de futebol americano), mesmo com um prejuízo de
quase US$ 50 milhões apenas
com os ingressos não vendidos
para a rodada adiada do domingo
passado, também enviou US$ 10
milhões às vítimas dos atentados
do último dia 11.
Outras grandes ligas e entidades
esportivas também irão separar
parte de seus ganhos para amparar os atingidos pelos ataques.
Os jogadores da NBA já garantiram US$ 2 milhões. A liga de hóquei no gelo também já adiantou
US$ 1,3 milhão.
Entidades sem o mesmo faturamento, mas com ligação muito
próxima com Nova York, também já abriram o cofre.
É o caso, por exemplo, da USTA, que dirige o tênis no país e organiza o Aberto dos EUA, da série
Grand Slam, na maior cidade da
Costa Leste americana.
A entidade doou US$ 1 milhão
para as vítimas, mais do que o
prêmio concedido ao campeão de
seu grande torneio. "A tragédia é
uma perda incalculável para a nação e para o país", diz Merv Heller, presidente da USTA.
(PAULO COBOS)
Com agências internacionais
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