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TÊNIS
Região dobra número de jogadores no grupo dos top 100 em menos de 4 anos e ganha espaço na competição por países
América do Sul brilha no ranking e na Copa Davis
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais do que o dobro de jogadores situados entre os top 100 e a
multiplicação por dois do número de torneios pelo circuito principal da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais). A chance de
colocar quatro representantes no
seleto Grupo Mundial da Copa
Davis. Dois tenistas no topo do
ranking de entradas.
Em menos de cinco anos, quem
conheceu essa evolução não é
uma das regiões mais ricas do planeta, mas a América do Sul, que
patina na economia mas brilha
como nunca no tênis masculino.
Hoje, na última rodada da repescagem da Davis, Chile tem a
chance de se juntar ao Brasil e Argentina na primeira divisão da
Davis, que tem apenas 16 países.
Os argentinos garantiram a vaga ontem com uma vitória nas
duplas sobre a Belarus. Luis Lobo
e Guillermo Cañas derrotaram
Max Mirnyi e Vladimir Voltchkov por 3 sets a 0.
O Equador também buscava
uma vaga na elite da Davis, mas
foi, mesmo em casa, derrotado
ontem nas duplas pela Inglaterra,
que conseguiu fazer 3 a 0.
Nunca na história do Grupo
Mundial, que começou em 1981,
quatro nações sul-americanas
disputaram uma mesma edição
da elite da Copa Davis.
O brilho da região na principal
competição por países do tênis é
reflexo da evolução de seus jogadores no ranking mundial.
No final de 1997, ano em que
surgiu o fenômeno Gustavo
Kuerten, que só volta ao circuito
no início de outubro, no Torneio
de Lyon, a América do Sul tinha
só seis jogadores na lista dos cem
primeiros da lista de entradas.
Hoje, o panorama é bem diferente. Na última classificação divulgada pela ATP, aparecem os
nomes de 14 sul-americanos entre
os top 100, incluindo atletas de
cinco nacionalidades diferentes
-Argentina, Brasil, Chile, Equador e Paraguai.
Como comparação, os Estados
Unidos, maior potência do tênis,
tinham dez jogadores no grupo
dos cem melhores do mundo em
1997. Houve queda: hoje, nove
americanos estão nessa faixa.
Desde 1997, além de Guga, que
lidera a lista de entradas desde
abril passado, a América do Sul
teve o chileno Marcelo Ríos encabeçando o mais tradicional sistema de classificação do tênis.
Nunca antes na história do ranking de entradas, que foi criado
em 1973, um tenista da região havia atingido o topo do tênis.
No saibro, a América do Sul
consegue rivalizar hoje com a Espanha, país com mais jogadores
na elite e que domina há muito
tempo a temporada da superfície
mais lenta do tênis.
Em 2001, os espanhóis garantiram nove títulos na terra batida,
contra oito dos sul-americanos,
incluindo Roland Garros, conquistado por Kuerten.
Com o sucesso de seus jogadores, a América do Sul voltou também a entrar de forma mais efetiva na rota do circuito masculino.
Em 1997, a região abrigou apenas duas competições válidas pelo
circuito principal da ATP.
Agora, na temporada 2001, quatro competições sul-americanas
foram realizadas, incluindo uma
no Brasil, que não tinha esse sabor
desde 1993 e abrigou competição
do circuito na Costa do Sauípe, no
litoral da Bahia, neste mês.
Na América do Sul, entretanto,
as mulheres não conseguem apresentar no tênis a mesma evolução
do que os homens.
A região conta somente com
três representantes no grupo das
cem melhores do ranking mundial feminino -duas argentinas e
uma paraguaia.
O Brasil é um dos que puxam a
fila do modesto desempenho das
mulheres sul-americanas. A melhor atleta do país na lista de classificação é Joana Cortez, na 204ª
colocação.
(PAULO COBOS)
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