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TÊNIS
Na segunda divisão da Copa Davis, brasileiro passa a frequentar países que estão fora do calendário de elite da ATP
Rebaixamento pode levar Guga de volta ao início da carreira
FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL
O rebaixamento do Brasil na
Davis pode levar Gustavo Kuerten de volta a lugares que ele só
frequentou no início de carreira.
No Zonal Americano, a segunda
divisão da competição entre países, o brasileiro pode ter que jogar
na Venezuela ou no Paraguai.
Essas nações não possuem torneios de primeira linha da ATP,
eventos que, ao lado da Davis,
praticamente monopolizaram a
agenda de Guga após o primeiro
título de Roland Garros, em 1997.
Equador, Venezuela e Paraguai,
ao lado de Chile e Peru, são os adversários do Brasil por duas vagas
das Américas na repescagem da
Davis na próxima temporada.
O regulamento da competição
estipula que haja uma alternância
entre os países no direito de abrigar e escolher o piso das partidas.
Chile e Peru jogaram em seus
domínios na última vez em que
enfrentaram os brasileiros, e a Venezuela atuou como visitante.
Já o Paraguai nunca enfrentou o
Brasil na história da Davis. Por isso, um sorteio definirá o local de
um eventual confronto.
No início da carreira, os tenistas
jogam torneios menores até alcançarem pontuação suficiente
para disputar os eventos de primeiro nível, os ATP Tour.
A única vez que Kuerten atuou
no Paraguai foi em maio de 1995,
quando foi derrotado pelo americano Francisco Montana na estréia do Challenger de Assunção.
O torneio paraguaio é o primeiro registro na ATP de uma participação de Guga fora do Brasil.
Naquela época, o brasileiro só
tinha ranking para entrar direto
na chave de challengers.
Se o Brasil tiver que enfrentar os
venezuelanos, Guga, 27, fará a sua
estréia no país vizinho.
Os brasileiros, porém, só voltam
a disputar a Davis em abril de
2004. A equipe foi beneficiada
com a condição de cabeça-de-chave e ficará de fora da primeira
rodada do Zonal Americano, em
fevereiro. O outro país que ganhou a condição de favorito é o
Equador, que ontem viu a Romênia fechar em 3 a 2 seu confronto
pela repescagem.
Se vencer em abril, o Brasil se
classifica para jogar em setembro,
quando tenta voltar à elite.
O sorteio que define as chave da
Copa Davis para o ano que vem
acontece amanhã, em Londres.
Apesar de a derrota para os canadenses, que não contam com
nenhum tenista entre os top 200 e
não apareciam entre os 16 melhores desde 1992, ter tirado o Brasil
da elite da Davis pela primeira vez
desde 1996, o presidente da CBT,
Nelson Nastás, declarou que a
equipe não decepcionou.
"Temos que valorizar o extraordinário espírito de luta de nossos
jogadores, que superaram condições adversas, levando o confronto a ser decidido nos detalhes",
afirmou o dirigente, que acompanhou as partidas contra os canadenses em Calgary.
Membro da direção da Federação Internacional de Tênis, Nastás está na Inglaterra para acompanhar o sorteio. "Não é nenhum
demérito disputar o zonal no próximo ano e novamente um playoff [repescagem] para voltar ao
Grupo Mundial", afirmou.
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