São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 2011

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Mano faz novas apostas para conseguir vencer

SELEÇÃO
Convocação para jogo com Argentina tem cara mais ofensiva


RODRIGO RÖTZSCH
DO RIO

Escolhido com a missão de renovar a seleção brasileira e prepará-la para a Copa de 2014, o técnico Mano Menezes acusou o golpe dos maus resultados do seu primeiro ano no cargo e reconheceu ontem que, neste momento, o mais importante é ganhar.
A começar pelo jogo de volta do "Superclássico das Américas", na quarta-feira que vem, contra a Argentina, em Belém, que vale uma taça, ainda que simbólica.
"Precisamos nos impor mais como seleção, como equipe dentro de campo. É mais importante ganhar. Mas nunca se deve abrir mão de querer jogar bem, melhorar."
Para conquistar esse objetivo, Mano anunciou que mudará a forma de o time jogar, tentando impor seu futebol.
Com isso, sai o esquema de três volantes -Renato Abreu, que começou jogando na semana passada, nem foi convocado- e entra uma formação mais ofensiva, com os novatos Elkeson (Botafogo) e Diego Souza (Vasco) como opções para o meio, além de Oscar (Internacional).
No ataque, com a ausência de Leandro Damião, Mano recorreu ao artilheiro do Brasileiro, o santista Borges, mesmo insinuando não ter planos para o atleta de 30 anos.
"Borges é um jogador que por onde passa faz gols, já com um pouco mais de idade, mas atravessa um momento espetacular, e a gente levou isso em consideração."
Mano falou em uma "pressão interna" por resultados, que seria ainda maior do que a externa. "Quando você propõe um trabalho novo, à medida que os resultados são positivos, você se sente mais confiante. Se aquilo que você propõe demora mais a produzir resultado, gera uma instabilidade interna maior."
Na busca desses resultados, Mano terá ainda amistosos contra Costa Rica e México, equipes mais fracas do que Espanha, Itália ou Inglaterra, que chegaram a ser cogitadas como adversárias.
Ele admitiu que o Brasil está abaixo de Espanha, Holanda, Alemanha e Uruguai, o que ajuda a explicar o sétimo lugar no ranking da Fifa.
"Quando você ainda não consegue vencer os melhores fica bastante claro para os inteligentes que você ainda não está no nível dos melhores."
Com Mano, o Brasil ainda não derrotou um oponente de primeira linha: perdeu de França e Alemanha, empatou com a Holanda e perdeu e empatou com a Argentina.


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