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FUTEBOL
Meia são-paulino, que não acerta um chute a gol há 8 jogos, é mantido entre titulares para jogo contra o Guarani
Eficiência zero, Ricardinho expõe crise
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo vai continuar a insistir hoje, contra o Guarani, em
seu jogador mais decadente.
No Morumbi, às 20h30, o meia
Ricardinho, que não acertou nenhum chute a gol nas últimas oito
partidas, tentará superar a crise
técnica e física, além da desconfiança de companheiros, dirigentes e do técnico Roberto Rojas.
O atleta de 27 anos, que, segundo o Datafolha, piorou em seus
principais fundamentos desde
que voltou de contusão, no final
de agosto, fica cada dia mais isolado dentro e fora de campo.
Aposta alta da diretoria para
conduzir o time de volta aos
triunfos (a transação envolvendo
a contratação dele foi de R$ 16 milhões), Ricardinho não convenceu até agora. No último jogo,
contra o Goiás, chegou a ser responsabilizado pela derrota por alguns companheiros e por Rojas.
Após um mês afastado, retornou na partida contra o Paysandu. De lá para cá, foram oito jogos
no Brasileiro e apenas cinco finalizações, sem sucesso. Aliás, Ricardinho só balançou as redes
uma única vez no Nacional, na
quarta rodada, contra o Fortaleza.
O jogador, que, com a saída de
Kaká, passou a atuar mais avançado, também já não é mais tão
procurado pelos companheiros.
Contra o Goiás, ele só recebeu
17 bolas, a sua pior média no ano.
Mesmo pouco acionado, o meia,
quando esteve com a bola, também teve desempenho pífio.
Acertou somente 82,6% (pior
marca do atleta) dos 23 passes que
fez. Um deles, inclusive, originou
o terceiro gol dos goianos, o que
gerou críticas por parte dos colegas e do chileno Rojas.
O mau desempenho fez com
que o treinador são-paulino
ameaçasse o atleta com o banco
de reservas no jogo de hoje.
Ontem, porém, Rojas voltou
atrás e confirmou o jogador entre
os titulares. "O Ricardinho tem
qualidade. Ele está passando por
uma fase difícil, mas sempre esperamos que ele faça o que o grupo
precisa", afirmou o técnico, que
também já ameaçara com a reserva Rogério e Kaká.
Apesar disso, a ameaça do treinador, que já cobrou liderança ao
time por parte de Ricardinho, não
passou de bravata. Ele jamais chegou a sacar as estrelas são-paulinas da equipe titular.
"Sou um funcionário do clube.
Não teria problema", disse, resignado, Ricardinho, que chegou a
assumir ironicamente a culpa pelo tropeço em Goiânia.
"O ambiente dele é tão bom
quanto o de qualquer outro jogador. Ele é tratado bem, assim como trata os outros jogadores", declarou o goleiro Rogério, um dos
que criticaram o atleta após a derrota para o Goiás.
Em meio à crise técnica, Ricardinho ainda tenta receber cerca
de R$ 1 milhão referentes a luvas e
direitos de imagem atrasados. A
diretoria, porém, não relaciona isso à má fase do atleta. "Ele tem
postura e não submeteria suas
glórias a atos menores", diz o diretor de futebol Juvenal Juvêncio.
NA TV - Sportv, ao vivo, às
20h30, menos para São Paulo
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