São Paulo, sábado, 23 de outubro de 2010

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Dissidências no governo Tito criaram atrito

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A rivalidade entre Estrela Vermelha e Partizan é remetida ainda à época em que a antiga Iugoslávia era comandada pelo marechal Tito (1892-1980).
Tito, que foi presidente da então Iugoslávia entre 1953 e 1980, comandou, durante a Segunda Guerra, os Partisans, um movimento de resistência contra as forças nazistas.
Logo após a guerra, em março de 1945, foi fundado o Estrela Vermelha. Em outubro do mesmo ano, era fundado o Partizan.
Segundo o professor de História Sociocultural do Futebol da USP, Flávio de Campos, o Partizan era intimamente ligado ao exército nacional. E contava com a simpatia de Tito.
O Estrela Vermelha passou a ter o apoio da polícia.
Dissidências entre os dois grupos dentro do governo comunista foram levadas para as ruas e para os estádios, alimentando o ódio entre as equipes.
Mas não é só isso que explica a interrupção de Itália e Sérvia. Para entender a raiz do problema, é necessário voltar a um conflito ocorrido há mais de 600 anos.
A Batalha do Kosovo, em 1389, marcou o início do revanchismo dos sérvios. Na ocasião, o império Turco-Otomano (cujos descendentes são os muçulmanos do atual Kosovo) derrotou os sérvios cristãos. Ainda hoje, os radicais não aceitam a independência do Kosovo.
Hoje, sem guerras, eles aproveitam o futebol para expressar o seu sentimento ultranacionalista, já que o esporte é o escape perfeito, porque reúne multidões e ainda permite, em grande parte dos casos, a impunidade. (TB)


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