MAÉRCIO SANTAMARINA
da Reportagem Local

O técnico Wanderley Luxemburgo, do Corinthians, defendeu ontem punição severa para os juízes que cometerem erros ao apitar uma partida de futebol. Os reincidentes, segundo ele, deveriam ser "execrados e banidos".
Ele está pedindo ao presidente da Comissão de Arbitragem da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Armando Marques, juízes mais bem preparados para os playoffs do Campeonato Brasileiro.
"O Corinthians teve um prejuízo muito grande por ter um gol legítimo anulado pelo juiz Francisco Dacildo Mourão contra o Paraná, anteontem. Poderíamos estar isolados na liderança do Brasileiro. Graças à combinação de outros resultados, não caímos da terceira para a quinta colocação", disse.
Luxemburgo afirmou acreditar em má-fé da arbitragem na partida. "No primeiro tempo, o Didi (atacante) foi derrubado quando ia livre para o gol. A regra é clara para o infrator: cartão vermelho. Mas o juiz não fez nada. No gol anulado, senti que houve premeditação do bandeira", afirmou.
Segundo ele, assim como o jogador e o técnico são suspensos quando cometem infrações, o juiz também deveria ser punido.
"O Armando Marques já mandou recado para o Luiz Felipe Scolari, do Palmeiras, para o Leão, do Santos, e para mim, dizendo que se reclamarmos do juiz durante um jogo vamos ser expulsos e suspensos por 90 dias. E para a arbitragem, não há punição?"
Marques estava em reunião na CBF no final da tarde de ontem, ao ser procurado pela Folha, e não respondeu às críticas feitas por Luxemburgo no intervalo do jogo-treino em que o Corinthians derrotou o XV de Piracicaba por 4 a 3, no Parque São Jorge.
Para enfrentar o São Paulo amanhã, o lateral Kleber vai substituir Silvinho, suspenso.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice