São Paulo, sábado, 23 de novembro de 2002

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Atacante só vai ajudar Lula com Sócrates fora

FERNANDO MELLO
DO PAINEL FC

O atacante Ronaldo, do Real Madrid, condicionou sua ajuda ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva à não-indicação de Sócrates para um cargo de importância na área do esporte.
Desafeto do ex-jogador do Corinthians, Ronaldo afirmou a interlocutores que "Lula começou errado" ao incluir Sócrates na primeira reunião do presidente eleito com "notáveis" do setor, da qual fez parte também Raí, o secretário-executivo do Ministério do Esporte, José Luiz Portella, a ex-jogadora de basquete Paula e os jornalistas Juca Kfouri e José Trajano, entre outros.
"Não me sento ao lado dessa pessoa. Não vou manter nenhuma relação com ele", afirmou o jogador à Folha.
Reservadamente, o atacante reclamou que Sócrates disse, durante o período em que ficou afastado dos gramados por contusão, que ele tinha uma perna só, que não voltaria a jogar como antes e que era mais uma peça de marketing do que um craque.
Logo após a eleição de Lula, Ronaldo se prontificou a ajudar o próximo presidente em seu programa "Fome Zero".
Prometeu ainda pedir que o Real Madrid fizesse um jogo beneficente, com renda revertida para o projeto, e que Zidane, seu amigo, também entrasse na campanha. Os dois chegaram a conversar por telefone e agendaram um encontro para o mês que vem, no Brasil.


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