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Atacante só vai ajudar Lula com Sócrates fora
FERNANDO MELLO
DO PAINEL FC
O atacante Ronaldo, do Real
Madrid, condicionou sua ajuda
ao governo de Luiz Inácio Lula
da Silva à não-indicação de Sócrates para um cargo de importância na área do esporte.
Desafeto do ex-jogador do
Corinthians, Ronaldo afirmou
a interlocutores que "Lula começou errado" ao incluir Sócrates na primeira reunião do
presidente eleito com "notáveis" do setor, da qual fez parte
também Raí, o secretário-executivo do Ministério do Esporte, José Luiz Portella, a ex-jogadora de basquete Paula e os jornalistas Juca Kfouri e José Trajano, entre outros.
"Não me sento ao lado dessa
pessoa. Não vou manter nenhuma relação com ele", afirmou o jogador à Folha.
Reservadamente, o atacante
reclamou que Sócrates disse,
durante o período em que ficou
afastado dos gramados por
contusão, que ele tinha uma
perna só, que não voltaria a jogar como antes e que era mais
uma peça de marketing do que
um craque.
Logo após a eleição de Lula,
Ronaldo se prontificou a ajudar o próximo presidente em
seu programa "Fome Zero".
Prometeu ainda pedir que o
Real Madrid fizesse um jogo
beneficente, com renda revertida para o projeto, e que Zidane,
seu amigo, também entrasse na
campanha. Os dois chegaram a
conversar por telefone e agendaram um encontro para o mês
que vem, no Brasil.
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