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Nacional abre com inchaço de times e atletas juvenis
Campeonato feminino de basquete começa com o 2º maior número de participantes da história e equipes enfraquecidas
Clube catarinense inicia campanha para reduzir a altura da cesta entre as mulheres, a fim de "dar uma sacudida" na modalidade
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Nacional feminino de basquete que dá largada hoje, com
três jogos, mostra uma aparente pujança, dois meses depois
de a seleção fracassar no Pré-Olímpico de Valdivia (Chile).
O número de equipes subiu
de seis do ano passado -o menor número da história do campeonato- para nove. Esse total
só é inferior à edição de 2002,
que contou com dez clubes.
O Rio de Janeiro terá mais de
um representante pela primeira vez no Nacional. Neste torneio serão três: Botafogo, Fluminense e Teresópolis.
Santa Catarina também volta
à disputa após ausência de quatro anos. E pela primeira vez terá um time de Florianópolis.
Um exame mais detido, porém, mostra que esse aumento
não representa o fortalecimento da competição.
Frágeis, os times do Rio querem apenas dar rodagem às
suas jogadoras jovens.
"Nosso elenco terá três adultas, três juvenis, três infantos e
seis infantis", conta Orlando
Pinto de Assunção, técnico do
Botafogo, que se orgulha de ter
um time formado inteiramente
nas categorias de base do clube.
De fato, na última vez em que
o Botafogo participou do torneio, em 1999, importou uma
equipe paulista, o Ourinhos.
O Fluminense, último colocado do Nacional do ano passado, segue a mesma receita.
"Nossa proposta é lançar as
meninas do juvenil. Em 2006,
tínhamos quatro adultas. Mas,
neste ano, sem patrocínio, não
conseguimos segurá-las", lamenta o treinador Guilherme
Vos, do Fluminense.
Florianópolis está num patamar um pouco melhor. Ao menos formou um time adulto,
que levou o título do Estadual.
Para o Nacional, reforçou-se
com jogadoras de São Bernardo, Suzano e Araraquara. Chegou a sondar a veterana Leila
Sobral, 33. Mas a verba não foi
suficiente para contratá-la.
Mas, se na quadra não ameaça a hegemonia paulista, fora
dela quer revolucionar.
"Lançamos a campanha
"Abaixe já", pedindo para abaixar a altura da cesta para o feminino. Precisamos dar uma
sacudida no basquete", explica
a técnica Marli Magda Müller.
O grupo catarinense defende
que a altura da cesta seja rebaixada 25 cm, dos atuais 3,05 m
para 2,80 m. "Isso daria a chance de as mulheres também poderem enterrar", defende ela.
Mesmo se emplacar essa revolução nas regras, o Nacional
não sofrerá grandes abalos. O
Ourinhos chega ao torneio como favorito. Catanduva, batido
pelo adversário na final do Paulista, como seu coadjuvante.
"Acredito que nós, Santo André e Sport vamos lutar por
uma vaga nas semifinais", analisa o técnico Márcio Beliccieri.
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