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Juiz é centro
de polêmicas
MARCELO DAMATO
da Reportagem Local
O gaúcho Carlos Eugênio
Simon, 33, tem estado no
centro de polêmicas desde
que entrou para o quadro
de árbitros da Fifa, no início
do ano passado. Ao ser indicado com 31 anos, ele foi
um dos mais jovens brasileiros aceitos para dirigir
partidas internacionais.
No seu primeiro Brasileiro após ganhar o novo escudo (os árbitros e bandeirinhas da Fifa usam um distintivo com o símbolo da federação internacional), ele
tomou duas decisões semelhantes às que provocaram
as maiores polêmicas na
competição deste ano.
Na fase de classificação,
em 96, na partida entre Santos e Botafogo, ele validou
um gol em que a bola passou por fora e furou a rede e,
em seguida, voltou atrás.
Em outro jogo do Santos,
contra o Sport, pelas quartas-de-final deste ano, também na Vila Belmiro, Jorge
Travassos (RJ) foi protagonista de caso semelhante.
Na fase semifinal de 96, Simon anulou um gol legítimo do atacante Rodrigo, da
Lusa, contra o Vasco, no
Rio de Janeiro, à semelhança do gol corintiano que
não foi validado no último
domingo contra o Cruzeiro.
O fato de as duas decisões
polêmicas terem sido tomadas a favor do time da casa
coincide com uma estatística de suas arbitragens neste
Brasileiro.
Das 22 vezes em que Carlos Eugênio Simon atuou,
em apenas duas a equipe visitante saiu vencedora (o
único resultado que hoje
pode dar o título ao Cruzeiro). O time da casa venceu
nove, e houve 11 empates.
Nesta competição, ele apitou quatro partidas do Corinthians e quatro do Cruzeiro, que não perdeu nenhuma com ele. O Corinthians perdeu uma.
Apesar disso, é considerado um dos melhores juízes
do país. É um dos poucos
que a comissão de arbitragem da CBF não vê problemas técnicos, físicos ou
emocionais, que barraram
de cara cinco dos dez juízes
brasileiros do quadro da Fifa nesta decisão. Oscar Roberto Godoi foi descartado
por ser paulista.
²
Colaborou
Paulo Cobos, da Reportagem Local
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