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Técnico sub-23 ataca resolução
DA REPORTAGEM LOCAL
Para o treinador da seleção sub-23 da França, Raymond Domenech, a nova legislação para dupla
nacionalidade da Fifa é prejudicial, pois permitirá que países
com menor tradição se aproveitem do trabalho de base das potências do futebol. "Isso é errado.
A França passará a formar jogadores para os países africanos. É
como se fosse um presente para a
África, agora faremos atletas para
eles", disse, por telefone.
Segundo Domenech, os atletas
acabam mudando de país por
causa das pressões que sofrem. "É
um erro também para o atleta, um
erro impulsionado pelos pais. Se
ele não mudar, fica mal com a família, com os amigos, sofre pressão política da comunidade."
O técnico acredita que as seleções de seu país sairão prejudicadas. "Nosso trabalho fica muito
mais difícil. E isso vai acabar
acontecendo até aí no Brasil, com
alguém indo para Portugal, por
exemplo", disse.
O secretário-geral-adjunto da
Fifa, o francês Jérôme Champagne, defendeu a posição dos "ex-franceses". "Muitos países africanos tiveram seus jogadores roubados. É uma correção do legado
histórico", disse à Folha. "É injusto impedir um atleta de ter carreira internacional só porque ele jogou duas partidas em um time de
base de um país cuja seleção principal ele nunca vai alcançar."
"Não estamos tirando atletas da
França. Se o atleta tiver condições
de jogar pela França, tem a opção
de fazê-lo, se quiser."
(MVM)
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