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VÔLEI
O duelo
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Está chegando a hora da decisão e a Superliga Nacional
começa a ferver. Quem viu o confronto no fim de semana entre
MRV/Minas e BCN/Osasco, os
dois grandes candidatos ao título,
não pode reclamar. Foi um jogão.
O time mineiro mostrou um paredão no bloqueio, um ataque da
pesada e levou a melhor.
Com a vitória por 3 sets a 1, o
Minas assumiu a liderança e, se
vencer o Pinheiros na quinta-feira, na última rodada da fase de
classificação, termina em primeiro lugar. Uma vantagem e tanto
já que o time com melhor campanha terá o privilégio de jogar em
casa todas as partidas decisivas
das próximas fases.
O certo é que o Minas, atual
campeão brasileiro, conseguiu algo que parecia difícil: arrumar
uma grande substituta para a romena Cristina Pirv, a maior estrela do time nos últimos anos. O
técnico Antônio Rizola acertou
na escolha de Logan Tom, 21, vice-campeã mundial com os EUA.
Ela, que antes da Superliga estava apenas disputando o campeonato universitário norte-americano, tem mostrado muita habilidade no ataque, um bom bloqueio e um saque poderoso. Junto
com Érika e a líbero Ana Volponi,
Logan também é uma das responsáveis pela recepção do time.
Uma das diferenças no confronto contra o BCN foi exatamente
no desempenho das atacantes de
força. Nos momentos decisivos,
Elisângela, Logan e Érika mostraram um ataque mais eficiente do
que Virna, Paula e principalmente Bia, que, ao contrário de jogos
anteriores, não estava em um
grande dia.
A própria levantadora Fernanda Venturini, sempre tão perfeita,
também não estava tão inspirada. Mas o que chama a atenção
no time de Osasco é a pouca
quantidade de erros. Mesmo cometendo mais falhas do que o
usual e perdendo o jogo, a equipe
errou menos do que o Minas. Fez
24 erros contra 29 do adversário.
Já no Minas o que tem encantado mais é o meio de rede, bem no
estilo cubano, com duas centrais
fisicamente muito fortes: Ângela
Moraes, 1,81 m, e Fabiana, de 1,93
m. As duas juntas marcaram 9
dos 16 pontos de bloqueio registrados contra o BCN.
Mais: Fabiana, com 16 pontos,
foi a segunda maior pontuadora
do time mineiro. Só ficou atrás de
Elisângela, que marcou 18 pontos.
Com apenas 18 anos, Fabiana
tem sido a grande revelação da
Superliga. Ela tem impressionado
no meio de rede e feito belas jogadas com a levantadora Fofão.
Mas você sabe que a fase decisiva está só começando. O BCN tem
um time muito veloz e, com Fernanda Venturini no comando, é
sempre um perigo, além de jogar
um vôlei muito bonito. Se não
houver nenhuma grande surpresa, o próximo duelo entre Minas e
BCN será na final da Superliga. E
aí tudo pode acontecer.
Não dá para encerrar sem falar
da Ulbra, uma das surpresas da
Superliga, e do levantador do time, Ricardinho, que está dando
um show de bola.
A equipe ocupa a vice-liderança, atrás apenas da Unisul, e tem
mostrado que, em um torneio
sem grandes estrelas, leva a melhor quem tem mais conjunto.
Japonês
A Nec, do brasileiro Anderson, está classificada para a fase final do
Campeonato Japonês, de 14 a 16 de março. Outros dois times também já têm presença garantida: Panasonic e JT. O Suntory, do atacante Gílson, luta pela última vaga com o Toray. Anderson é um dos
destaques: é o segundo maior pontuador e o dono do saque mais eficiente da competição.
Itália
O técnico Marco Bonitta vai continuar no comando da seleção da
Itália. Desde 2001, quando ele assumiu a direção time, as italianas
vêm colecionando conquistas: ganharam a medalha de prata no
Campeonato Europeu e foram campeãs do Mundial da Alemanha. O
próximo grande desafio serão os Jogos de Atenas, em 2004.
E-mail: cidasan@uol.com.br
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