|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
pra frente, Brasil
Dunga, enfim, põe seleção no ataque
Técnico cede a clamor popular e de críticos e escala Ronaldinho, Kaká e Robinho juntos no amistoso contra o Chile
Treinador se atrapalha ao
explicar mudanças, que são
feitas depois do primeiro
revés do Brasil sob seu
comando, contra Portugal
PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A GOTEMBURGO
Logo na primeira vez em que
é pressionado, Dunga, o técnico
da seleção, cedeu ao clamor popular e dos críticos. E se atrapalhou para explicar o motivo.
No amistoso contra o Chile,
hoje, às 12h, na Suécia, o treinador vai mandar seu time ao ataque. Kaká, Ronaldinho e Robinho enfim vão jogar juntos.
E isso à custa do sacrifício de
um volante de marcação. Fred
segue como centroavante. Elano, um meia ofensivo, também
permanece na equipe, que assim só terá Gilberto Silva como
especialista na marcação do
meio-campo para frente.
Na quinta-feira, quando chegou na Suécia, Dunga disse que
a escalação de Ronaldinho, Kaká e Robinho juntos dependia
de treinamentos. Ontem, porém, o coletivo em Gotemburgo durou cerca de 30 minutos e
ainda aconteceu com o time reserva sendo completado por jogadores que atuam no inexpressivo Campeonato Sueco.
Ontem, o treinador negou o
que havia dito na véspera. "O
que eu disse foi que eu nunca
falei que eles não poderiam
atuar juntos", disse, em tensa
conversa com os jornalistas.
A mudança radical na forma
do time jogar acontece depois
do primeiro e único revés da seleção sob o comando de Dunga
-contra Portugal, no mês passado. Ele nega que a pressão do
resultado ruim tenha causado a
sua mudança de opinião.
"Essa formação já deveria ter
sido usada contra Portugal,
mas a contusão do Ronaldinho
não permitiu", afirmou o treinador, que também apontou o
jogador do Barcelona como
responsável por, até aqui, o defensivismo da sua seleção.
"O Ronaldinho não tinha a
condição física ideal", falou o
treinador gaúcho, que nos sete
jogos da seleção sob o seu comando havia optado por formações bem mais cautelosas.
Dunga evitou fazer comparações do time que manda a campo hoje com o "quadrado mágico" de Carlos Alberto Parreira
que naufragou na Copa. Mas
repetiu o discurso do antecessor ao explicar o que deve acontecer para a sua escalação contra os chilenos funcionar.
"Os laterais vão continuar
com liberdade para atacar. O
pessoal da frente é que vai ter
que ajudar para o time a se recompor", declarou Dunga, que
viu até os próprios jogadores
mostrarem vontade de ter Ronaldinho de volta ao time. "Eu e
o Ronaldinho podemos jogar
juntos, sim. Já tivemos muito
sucesso, como na Copa das
Confederações [em 2005, na
Alemanha]", defendeu Kaká.
Resgatado para o time titular, Ronaldinho negou que pensou em abandonar a seleção e
disse que está disposto a jogar a
Copa América. Ele também
deixou aberta a possibilidade
de ir para o Milan. "Estou feliz
no Barcelona, mas a gente nunca sabe o que pode acontecer."
NA TV - Brasil x Chile
Globo, ao vivo, às 12h
Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: CBF instrui os atletas a lidar com invasores Índice
|