São Paulo, quarta-feira, 24 de março de 2010

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TÊNIS

As últimas da semana passada


Divergência entre ex-aliados reacende discussão sobre o trabalho e o papel da CBT; vale debate, não ataque pessoal

RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA

FAZIA TEMPO o telefone não tocava com tantos interessados em discutir a recente "polêmica" do tênis nacional. "Polêmica?", indaguei aos que ligaram.
Segue: em conversa com o excelente jornalista Alexandre Cossenza, Fernando Meligeni, entre outras coisas, falou da gestão à frente da CBT, encabeçada por Jorge Lacerda. Cobrou a prometida transparência e a prestação de contas na entidade. Não agrediu o dirigente. Foi cobrança pontual -e honestíssima.
Jorge, sempre intenso e espontâneo, respondeu que Meligeni atrapalha. Errou. Mas depois, em ato louvável, abriu valores. Exibiu quanto paga o principal patrocinador, quanto entra via governo, quanto custa o espanhol Emilio Sanchez, e a soma de R$ 9 milhões anuais que tem. Poucos dirigentes abririam informações como essas. Um avanço.
Até aí, sem polêmica, se olharmos que até algum tempo as "polêmicas" envolviam acusação de desvio de dinheiro, ameaça e boicote, mandados de busca e apreensão, com polícia.
É saudável toda a discussão sobre se a verba é bem gasta ou não, se deve bancar um estrangeiro ou não, se o investimento deve ser na base ou no profissional, se um centro deve unificar o tênis numa cidade, ter diferentes opiniões sobre o papel do capitão na Davis e o de ex-tenistas.
O que não pode é a discussão descambar para a baixaria mal-intencionada. Jorge alerta para um movimento visando desestabilizar a entidade, que tem sua assembleia nesta semana. Seus críticos alertam para a repetição dos erros do passado.
Jorge obteve aliados ao pregar a transparência na CBT. Ainda que tenha levado-a a uma situação infinitamente melhor, não pode falhar na transparência. Do outro lado, lembremos que os críticos endossaram o dirigente ontem. Romperam com a gestão anterior e levaram o país à terceira divisão no único torneio que, então, trazia dinheiro à entidade, em defesa de Jorge. Podem e devem criticar, mas personalizar eventual agressão soará oportunista.
Que a polêmica e as divergências continuem. Mas nas páginas esportivas e sem baixaria.

27ª COPA GERDAU
Foram campeões Mathias Bourgue (FRA) e Monica Puig (PRC), na categoria 18 anos, Jorge Panta (PER) e Maria Paula Deheza (BOL), na 16, Silas Cerqueira e Camila Giangreco (PAR), na 14, e Orlando de Moraes Luz e Julia Iarocrinski, na 12.

ELOGIOS
De Porto Alegre chegam só elogios à Copa Gerdau. Foram quase 900 jogos, com 800 tenistas, de 47 países, em 30 quadras. Sem falhas.

INEDITISMO
De São Carlos, Elson Longo divulga o início da capacitação de técnicos sul-americanos via ITF. É inédito o projeto ser confiado a um brasileiro.

reandaku@uol.com.br


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