São Paulo, quarta, 24 de março de 1999

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FUTEBOL
Equipe enfrenta o Santos, no Pacaembu, tentando ampliar a vantagem dos times do Grupo 3 no Paulista-99
São Paulo busca "futuro tranquilo'

ALEXANDRE GIMENEZ
da Reportagem Local

O São Paulo enfrenta hoje o Santos, às 20h30, no estádio do Pacaembu, "preocupado com o futuro". Além de consolidar a sua liderança no Grupo 3, a equipe de Paulo César Carpegiani precisa somar pontos para disputar com uma relativa tranquilidade as próximas fases do Paulista-99.
Pelo regulamento da competição, na primeira etapa da segunda fase, os componentes dos dois grupos jogam entre si, em turno único. Na segunda etapa, os times jogam contra agremiações de seu próprio grupo, em dois turnos. Os dois melhores de cada chave passam para as semifinais.
Até o momento, o Grupo 3 -composto por São Paulo, Palmeiras, Lusa, Rio Branco, Inter de Limeira e Matonense- é o que tem melhor desempenho técnico, projetando para as próximas etapas do Campeonato Paulista partidas com mais equilíbrio.
"Nossa chave está bem nivelada. As equipes do interior estão jogando bem, muito fechadas. Fica mais fácil até jogar contra equipes grandes, que dão espaço", disse o zagueiro Bordon.
No confronto entre as duas chaves, os times do Grupo 3 têm aproveitamento de 64,1% dos pontos disputados, além de uma média de 2,1 gols marcados (38 no total). Foram dez vitórias e cinco empates.
As equipes do Grupo 4 ganharam apenas 25,9% dos pontos disputados, com média 1,3 gol (24 no total). Os times dessa chave conquistaram apenas três vitórias (duas do Corinthians e uma do Santos). No Grupo 3, todos os times conseguiram pelo menos uma vitória.
"É importante somar pontos agora, quando as equipes ainda não estão totalmente entrosadas", completou Bordon.
Os números do Datafolha também mostram um desempenho superior dos times do Grupo 3.
O São Paulo, por exemplo, tem aproveitamento de passe de 82%. O Santos, do Grupo 4, tem média, no quesito, de 76,6%.
Nas finalizações, o time do treinador Paulo César Carpegiani também leva vantagem: sete certas por partida, contra seis do rival. O São Paulo tem uma média de quatro assistências (passe que resulta em finalização certa) por jogo, contra três do time santista.
O quesito em que o Santos leva grande vantagem em relação ao São Paulo é no número de faltas cometidas: média de 28,3, contra 22 do rival. "Não acho o Santos uma equipe violenta. Fui criado no futebol do Sul", disse Carpegiani.
O treinador não quis revelar qual a escalação da sua equipe. A dúvida é no meio-campo: as opções são Reinaldo e Carabali. O goleiro Roger e o lateral Fábio Aurélio substituem, respectivamente, Rogério e Serginho, que estão com a seleção.
No Santos, o técnico Emerson Leão continua "revoltado" com a indicação do estádio do Pacaembu como o local do clássico entre Santos e São Paulo. Para o treinador, a decisão da Federação Paulista de Futebol modificou, na prática, o mando do jogo, que, de acordo com a tabela, pertence ao Santos.
"O São Paulo deixou de ser visitante para ser mandante. Não é a mesma coisa", afirmou Leão.
O meia Caíco, que iria substituir Alessandro, convocado para a seleção, sofreu uma lesão muscular na coxa esquerda e está fora da partida. Para substituir o meia, Leão decidiu escalar Eduardo Marques no meio-campo. Rodrigo, que vinha atuando mais recuado, formará dupla de ataque com Viola. Na zaga, Jean entrará no lugar de Claudiomiro, machucado.
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Colaborou a Agência Folha, em Santos



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