|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VÔLEI
Jogo de erros
CIDA SANTOS
Depois de 14 anos, o Telemig/
Minas pode voltar a ser campeão
brasileiro. Para isso, basta mais
uma vitória amanhã contra a
Unisul, do trio dos carecas Dirceu,
Kid e Renato Felizardo. A maior
qualidade do time mineiro, nos
dois jogos já disputados da decisão do título, foi errar menos do
que o adversário.
Na segunda partida das finais,
realizada sábado em Belo Horizonte, a Unisul fez mais pontos de
ataque (66 contra 63) e bloqueio
(12 a 10) do que o Minas. Em compensação, cometeu 35 erros contra
24 dos mineiros. E as novas regras
do vôlei são cruéis: todo erro é
ponto para o adversário.
Cebola, técnico do Minas, também tem mostrado ousadia. No
último confronto, com o time perdendo por 2 sets a 0, tirou três titulares: Carlão, Maurício e Henrique. Colocou três garotos: o levantador Rafa, o central Douglas e o
canhoto André Nascimento. Resultado: surpreendeu o adversário
e virou o jogo.
A reação desequilibrou a Unisul. No intervalo do quarto para o
quinto set, o time catarinense protagonizou uma cena rara: três jogadores do mesmo time (Douglas,
Felizardo e Dirceu) discutindo.
Com duas derrotas, a Unisul
tem uma missão difícil pela frente: precisa vencer os três próximos
jogos para chegar ao título. Para
isso, conta com Kid. Ele tem feito
uma Superliga perfeita. É o maior
pontuador do torneio (524 pontos
em 29 partidas) e o dono do ataque mais eficiente da competição.
Já no vôlei feminino, o mercado
está fervendo. Com a formação
do time do Vasco e a permanência das principais equipes da última temporada, a cotação das jogadoras está alta. A maior disputa é pelas levantadoras, posição
mais carente do vôlei brasileiro.
Se fosse uma bolsa de valores, o
melhor negócio hoje seria investir
em ações de Fernanda Venturini
e Fofão. O que se comenta é que o
Vasco estaria oferecendo para
Fernanda R$ 600 mil por uma
temporada, salário capaz de fazer
a jogadora deixar o Rexona e até
adiar o projeto de ter um filho.
A última semana também foi
de convocação da seleção brasileira. As novidades da lista foram
a ponteira Fofinha, do BCN, e a
central Kely, do Minas. O que tem
se visto nos últimos anos é uma
nova tendência no país: o surgimento de muitas centrais de talento e poucas ponteiras.
O reflexo dessa mudança aparece na seleção. A maior dificuldade
do técnico Bernardinho será com
as ponteiras. Das convocadas,
apenas Virna tem posição de titular garantida. A vaga de Ana Moser será disputada por Erika, Raquel e Fofinha, pouco experientes.
Na diagonal da levantadora,
também há problemas. Nos últimos torneios, tem chamado a
atenção a dificuldade de o Brasil
passar por bloqueios pesados, como os da Rússia e Cuba, com a titular Leila. No Pan-americano,
Elisângela foi a solução contra
Cuba, mas ela tem pouca experiência internacional.
NOTAS
Ana Flávia
O Modena, time da atacante
brasileira Ana Flávia, inicia
amanhã a disputa pelo título
italiano com o Reggio Calabria,
da levantadora croata Irina Kirillova. O Modena, dirigida pela chinesa Lang Ping, eliminou,
nas semifinais, o Vicenza, da
russa Tatiana Menchova. Já o
Reggio Calabria conquistou a
classificação ao vencer a quinta
partida do Perugia, da brasileira Andrea Marras, com placar
de 3 sets a 1.
Italiano
O Palermo, time do levantador Marcelinho, enfrenta na
próxima quarta-feira o Cuneo,
do espanhol Pascual, nas semifinais do Campeonato Italiano.
Nessa fase, os quatro semifinalistas se enfrentam em turno e
returno. Os dois primeiros colocados disputarão a final. O
Palermo e o Cuneo estão com
duas derrotas. Os dois times
perderam para o Modena e o
Roma, que estão invictos no
torneio com duas vitórias.
E-mail cidasan@uol.com.br
Cida Santos escreve às segundas-feiras
Texto Anterior: Brasileiros duelam na Alemanha Próximo Texto: Futebol - José Geraldo Couto: : Pedrinho teve seu dia de Edílson Índice
|