São Paulo, quinta-feira, 24 de maio de 2007

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Santos sofre para eliminar o América

Reservas da equipe mexicana fazem 1 a 0, mas time vira, avança e enfrentará o Grêmio nas semifinais da Libertadores

Santos 2
América-MEX 1

JULYANA TRAVAGLIA
ENVIADA ESPECIAL A SANTOS

MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Ele chegou a poucos minutos do início da partida e logo se encaminhou para os camarotes. Pelas suas contas, está há um ano e meio sem ver o Santos perder na Vila Belmiro. E assim Pelé vai continuar, pelo menos até a sua próxima visita.
Jogando em casa, o Santos venceu ontem o América, do México, por 2 a 1, e avançou às semifinais da Libertadores. Agora, no caminho rumo ao terceiro título na competição, terá o Grêmio pela frente.
Apesar de usarem uma equipe reserva, os adversários dos brasileiros, que ficaram no empate sem gols na partida de ida, venderam caro a derrota.
""Hoje [ontem], pensei: vou perder a invencibilidade. Mas deu tudo certo", celebrou Pelé.
""Ele é pé-quente e está invicto, como o Santos", disse o meia Zé Roberto, comentando a presença do ex-meia que imortalizou sua atual camisa 10.
O América, que desembarcou no Brasil com apenas 14 jogadores em sua delegação, não deu muita importância para a Libertadores. Os mexicanos preferem se dedicar à final do Torneio Clausura, contra o Pachuca. A opção pela competição nacional justifica-se. Se vencê-la, o América pode disputar o título da Concacaf e depois ir ao Mundial da Fifa.
Precisando ganhar para se classificar, o Santos logo partiu para o ataque. No primeiro lance, Jonas já levou perigo à meta de Navarrete, mas a bola saiu. Minutos depois, o camisa 7 voltou a tentar, após receber passe de Kléber. Mas errou de novo.
Os visitantes viviam de contragolpes. E, numa das poucas chances, abriram o placar.
Numa indecisão de Alessandro e Rodrigo Souto, Bilos chutou forte no canto direito de Fábio Costa. Além do gol fora de casa, o camisa 7 mexicano mandou para o fundo das redes uma possível decisão por pênaltis. A partir de então, o Santos dependia só da vitória.
Afobados, os santistas abusaram ao desperdiçar gols, principalmente com Marcos Aurélio. Em desvantagem no placar, o técnico Vanderlei Luxemburgo mexeu no segundo tempo.
No lugar de Alessandro, entrou Pedrinho, obrigando Maldonado a jogar na ala direita.
E a entrada do meia surtiu efeito, dando maior mobilidade ao meio-campo. Embalados por palmas e gritos da torcida, que a todo momento cantava ""Vamos ser tri, Santos!", o time litorâneo reencontrou o bom futebol e conseguiu marcar.
Conhecido pelo chute forte, Cléber Santana encheu o pé direito. A bola parou em Jonas, que ajeitou e mandou para as redes de Navarrete: 1 a 1.
Com a torcida ainda mais inflamada, o time partiu para o tudo ou nada. E marcou.
Em cobrança de falta, Kléber repetiu um ritual. Mãos nas cintura, três passos para trás e uma assistência perfeita, na cabeça de Rodrigo Souto, que fez 2 a 1 e classificou o Santos.
Depois disso, Luxemburgo fechou o time, que tratou apenas de esperar o apito final para comemorar a classificação.


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