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Santos sofre para eliminar o América
Reservas da equipe mexicana fazem 1 a 0, mas time vira, avança e enfrentará o Grêmio nas semifinais da Libertadores
Santos 2
América-MEX 1
JULYANA TRAVAGLIA
ENVIADA ESPECIAL A SANTOS
MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
Ele chegou a poucos minutos
do início da partida e logo se encaminhou para os camarotes.
Pelas suas contas, está há um
ano e meio sem ver o Santos
perder na Vila Belmiro. E assim
Pelé vai continuar, pelo menos
até a sua próxima visita.
Jogando em casa, o Santos
venceu ontem o América, do
México, por 2 a 1, e avançou às
semifinais da Libertadores.
Agora, no caminho rumo ao
terceiro título na competição,
terá o Grêmio pela frente.
Apesar de usarem uma equipe reserva, os adversários dos
brasileiros, que ficaram no empate sem gols na partida de ida,
venderam caro a derrota.
""Hoje [ontem], pensei: vou
perder a invencibilidade. Mas
deu tudo certo", celebrou Pelé.
""Ele é pé-quente e está invicto, como o Santos", disse o meia
Zé Roberto, comentando a presença do ex-meia que imortalizou sua atual camisa 10.
O América, que desembarcou
no Brasil com apenas 14 jogadores em sua delegação, não
deu muita importância para a
Libertadores. Os mexicanos
preferem se dedicar à final do
Torneio Clausura, contra o Pachuca. A opção pela competição nacional justifica-se. Se
vencê-la, o América pode disputar o título da Concacaf e depois ir ao Mundial da Fifa.
Precisando ganhar para se
classificar, o Santos logo partiu
para o ataque. No primeiro lance, Jonas já levou perigo à meta
de Navarrete, mas a bola saiu.
Minutos depois, o camisa 7 voltou a tentar, após receber passe
de Kléber. Mas errou de novo.
Os visitantes viviam de contragolpes. E, numa das poucas
chances, abriram o placar.
Numa indecisão de Alessandro e Rodrigo Souto, Bilos chutou forte no canto direito de
Fábio Costa. Além do gol fora
de casa, o camisa 7 mexicano
mandou para o fundo das redes
uma possível decisão por pênaltis. A partir de então, o Santos dependia só da vitória.
Afobados, os santistas abusaram ao desperdiçar gols, principalmente com Marcos Aurélio.
Em desvantagem no placar, o
técnico Vanderlei Luxemburgo
mexeu no segundo tempo.
No lugar de Alessandro, entrou Pedrinho, obrigando Maldonado a jogar na ala direita.
E a entrada do meia surtiu
efeito, dando maior mobilidade
ao meio-campo. Embalados
por palmas e gritos da torcida,
que a todo momento cantava
""Vamos ser tri, Santos!", o time
litorâneo reencontrou o bom
futebol e conseguiu marcar.
Conhecido pelo chute forte,
Cléber Santana encheu o pé direito. A bola parou em Jonas,
que ajeitou e mandou para as
redes de Navarrete: 1 a 1.
Com a torcida ainda mais inflamada, o time partiu para o
tudo ou nada. E marcou.
Em cobrança de falta, Kléber
repetiu um ritual. Mãos nas
cintura, três passos para trás e
uma assistência perfeita, na cabeça de Rodrigo Souto, que fez
2 a 1 e classificou o Santos.
Depois disso, Luxemburgo
fechou o time, que tratou apenas de esperar o apito final para
comemorar a classificação.
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