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Aprovação a Dunga cai, diz pesquisa
Treinador perde bastante terreno na região Sudeste e entre mais jovens
DOS ENVIADOS A CURITIBA
Na primeira pesquisa nacional feita pelo Datafolha
após a convocação para a Copa do Mundo, a aprovação ao
trabalho de Dunga diminuiu.
Segundo o levantamento,
realizado nos últimos dias 20
e 21, 49% dos entrevistados
avaliam a performance do
treinador da seleção como
ótima ou boa. Em abril, o índice era de 57%. Em dezembro de 2009, bateu nos 64%.
A pesquisa ouviu 2.660
pessoas com mais de 16 anos
em 162 municípios por todo o
país. A margem de erro é de
dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Além de não ter, a menos
de um mês da Copa, aprovação de pelo menos metade
dos brasileiros, Dunga viu
aumentar a discrepância por
região após a convocação para o Mundial, feita no último
dia 11 de maio e que deixou
de fora Paulo Henrique Ganso e Neymar, do Santos, e
Adriano, do Flamengo.
Foi justamente no Sudeste, onde ficam esses clubes,
que a popularidade de Dunga sofreu mais. Em dezembro, 63% dos moradores da
região diziam que o trabalho
do treinador era ótimo ou
bom, ou apenas quatro pontos percentuais a menos do
que no Sul, terra de Dunga e
onde era mais bem avaliado.
Agora, a performance do
comandante da seleção é
avaliada como ótima ou boa
por 45% dos entrevistados
do Sudeste, e a diferença para a aprovação no Sul, onde
Dunga continua a ter seus
melhores índices, cresceu
para 12 pontos percentuais.
A ausência das revelações
Neymar e Ganso também pode ter influído na opinião dos
mais jovens sobre Dunga.
No final do ano passado, o
treinador era mais popular
justamente entre os que tinham de 16 a 24 anos: 68%
de aprovação. Agora, a aprovação de Dunga nessa faixa
etária caiu para 48% -só os
que têm entre 45 e 59 anos
(45%) são mais céticos.
Os mais pobres e os menos
instruídos também estão entre os que mais mudaram de
opinião em relação a Dunga.
Para os entrevistados com
ensino fundamental, 46% dizem hoje que o técnico é bom
ou ótimo. Representavam
62% em dezembro. No grupo
dos que recebem até dois salários mínimos mensais, a
aprovação do treinador caiu
de 61% para 47%.
(PAULO COBOS E SÉRGIO RANGEL)
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