Escalado sem Ganso, Neymar e André, o Santos venceu bem fora de casa. Uma boa lição para os três

"O ELENCO mesmo já vinha pedindo um corretivo. Eles estavam se achando um pouco demais", diz o presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, já no domingo, aliviado pelo bom resultado do time no sábado, em Goiânia, contra o Atlético local.
De fato, havia bons, ótimos motivos para o alívio.
A punição aos festeiros embutia o risco de parecer mais uma punição ao clube, muito embora quem dirija de verdade -e não há motivos para achar que nem o presidente nem o técnico Dorival Jr. dirijam de mentira- deva saber a hora de agir.
E o comando santista agiu prontamente após mais uma vitória consagradora da equipe, com direito a três lindos gols contra o Grêmio, um acúmulo de beleza como há anos não se via em um jogo só.
Anunciada a punição, não só houve quem a achasse exagerada como quem duvidasse que seria adotada se Robinho estivesse na dança.
Pois é melhor não duvidar.
"São ótimos meninos, mas precisam aprender com a vida a serem contrariados", pondera, em tom paternal mas firme, o presidente praiano, certo de que faria o mesmo com os filhos ou em sua empresa.
A segurança da correção na atitude, porém, não afastava a possibilidade de amargar um resultado que azedaria um ambiente que quase só conhece alegrias em 2010. Felizmente não aconteceu. Ao contrário.
O Santos não só venceu por 2 a 1 como fez dois belíssimos gols. O primeiro graças ao talento individual e transbordante desse surpreendente Wesley. O segundo, de Zé Eduardo, em pura jogada coletiva de um grupo que, até por ter concordado com a medida, desdobrou-se para não deixar a peteca cair.
Madson passa por problemas pessoais importantes e, com 24 anos feitos na noite da indisciplina, precisa de ajuda porque dá claros sinais de imaturidade. Exatamente o que se pretendeu cuidar em relação a Neymar, 18, André, 19, e Ganso, 20.

TRIO DE FERRO É FOGO!
No sábado, o Palmeiras vencia injustamente por 2 a 0. Deixou o Grêmio empatar e, daí, com justiça, obteve vitória redentora por 4 a 2.
Ontem, o São Paulo marcou nas duas vezes em que chegou ao gol do Inter (2 a 0). Em uma delas, para exorcizar quaisquer temores com vistas à Libertadores, com Fernandão. De resto, só deu Inter.
Como quase só deu Flu contra o Corinthians, que foi quem venceu (1 a 0), em um jogo em que a arbitragem impediu um gol tricolor e não deu um pênalti para o alvinegro. Ufa!

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