São Paulo, terça, 24 de junho de 1997.



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Apesar do pouco público, Copa não deve ter déficit

dos enviados a Santa Cruz de la Sierra

Apesar de a presença de público continuar decepcionante, a Confederação Sul-Americana divulgou ontem que a Copa América não será deficitária.
O vice-presidente da confederação, Eugênio Figueiredo, disse que os jogos da fase final irão cobrir as despesas da primeira fase. Pelas contas da organização, será necessário arrecadar cerca de US$ 2,3 milhões para que o torneio não acabe com prejuízo.
Um dos motivos para o pouco sucesso econômico até o momento é que, mesmo nas quartas-de-final, a presença de público foi pequena. Mais uma vez o jogo do Brasil registrou o maior número de torcedores na rodada.
Mas o estádio Ramón Aguilera, em Santa Cruz de la Sierra, não esteve lotado anteontem, como nas rodadas da primeira fase. Foram "apenas" 26.581 pagantes.
O jogo da Bolívia diante da Colômbia registrou menos público: 21.147 pagantes.
Nos outros dois jogos das quartas-de-final, a presença de torcedores foi medíocre. Apenas 7.000 pessoas viram Equador x México, em Cochabamba. No jogo Peru x Argentina, em Sucre, estiveram presentes 9.000 pessoas.
Vitória
Mesmo vista por somente 26.581 pessoas, a vitória brasileira sobre o Paraguai (2 a 0), anteontem, restabeleceu a confiança de Zagallo.
O técnico brasileiro já se considera vitorioso nesta Copa América. Ele entende que conseguiu acertar a marcação da seleção brasileira, sua maior preocupação para a disputa da Copa do Mundo da França, no ano que vem.
A entrada do meia Denílson no lugar do meia-atacante Djalminha e a consequente mudança tática, do 4-3-1-2 (quatro zagueiros, três meias, um meia-atacante e dois atacantes) para o 4-4-2, tornaram a defesa muito mais protegida.
Agora, quando o Brasil perde a bola, os meias Leonardo e Denílson, que se tornou imprescindível ao time, recuam para a posição de volante, formando automaticamente três linhas de combate.
Ronaldinho e Romário, na frente, Denílson, Dunga, Leonardo e Flávio Conceição, no meio, e Roberto Carlos, Aldair, Gonçalves e Cafu (Zé Maria), atrás.
Resultado: o inimigo raramente chega no gol de Taffarel.
Se o adversário jogar com dois atacantes enfiados, Dunga pode ser recuado para a última linha de marcação.
"Mudamos a nossa maneira de jogar desde o segundo tempo do jogo contra o México e acertamos o posicionamento. Hoje, essa é a forma ideal de atuar, mas podemos mudar de acordo com o estilo do adversário", disse Zagallo.
Ele confirmou que fará apenas uma alteração para o jogo diante do Peru. Zé Maria sai, e Cafu volta.
"Cafu é o titular, apesar de o Zé Maria ter jogado muito bem contra o Paraguai", disse Zagallo.
(AGz e AR)



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