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Apesar do pouco público, Copa não deve ter déficit
dos enviados a Santa Cruz
de la Sierra
Apesar de a presença de público
continuar decepcionante, a Confederação Sul-Americana divulgou ontem que a Copa América
não será deficitária.
O vice-presidente da confederação, Eugênio Figueiredo, disse que
os jogos da fase final irão cobrir as
despesas da primeira fase. Pelas
contas da organização, será necessário arrecadar cerca de US$ 2,3
milhões para que o torneio não
acabe com prejuízo.
Um dos motivos para o pouco
sucesso econômico até o momento é que, mesmo nas quartas-de-final, a presença de público foi pequena. Mais uma vez o jogo do
Brasil registrou o maior número
de torcedores na rodada.
Mas o estádio Ramón Aguilera,
em Santa Cruz de la Sierra, não esteve lotado anteontem, como nas
rodadas da primeira fase. Foram
"apenas" 26.581 pagantes.
O jogo da Bolívia diante da Colômbia registrou menos público:
21.147 pagantes.
Nos outros dois jogos das quartas-de-final, a presença de torcedores foi medíocre. Apenas 7.000
pessoas viram Equador x México,
em Cochabamba. No jogo Peru x
Argentina, em Sucre, estiveram
presentes 9.000 pessoas.
Vitória
Mesmo vista por somente 26.581
pessoas, a vitória brasileira sobre o
Paraguai (2 a 0), anteontem, restabeleceu a confiança de Zagallo.
O técnico brasileiro já se considera vitorioso nesta Copa América. Ele entende que conseguiu
acertar a marcação da seleção brasileira, sua maior preocupação para a disputa da Copa do Mundo da
França, no ano que vem.
A entrada do meia Denílson no
lugar do meia-atacante Djalminha
e a consequente mudança tática,
do 4-3-1-2 (quatro zagueiros, três
meias, um meia-atacante e dois
atacantes) para o 4-4-2, tornaram
a defesa muito mais protegida.
Agora, quando o Brasil perde a
bola, os meias Leonardo e Denílson, que se tornou imprescindível
ao time, recuam para a posição de
volante, formando automaticamente três linhas de combate.
Ronaldinho e Romário, na frente, Denílson, Dunga, Leonardo e
Flávio Conceição, no meio, e Roberto Carlos, Aldair, Gonçalves e
Cafu (Zé Maria), atrás.
Resultado: o inimigo raramente
chega no gol de Taffarel.
Se o adversário jogar com dois
atacantes enfiados, Dunga pode
ser recuado para a última linha de
marcação.
"Mudamos a nossa maneira de
jogar desde o segundo tempo do
jogo contra o México e acertamos
o posicionamento. Hoje, essa é a
forma ideal de atuar, mas podemos mudar de acordo com o estilo
do adversário", disse Zagallo.
Ele confirmou que fará apenas
uma alteração para o jogo diante
do Peru. Zé Maria sai, e Cafu volta.
"Cafu é o titular, apesar de o Zé
Maria ter jogado muito bem contra o Paraguai", disse Zagallo.
(AGz e AR)
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