São Paulo, segunda-feira, 24 de junho de 2002

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Estilos clássicos são retomados

DA REPORTAGEM LOCAL

A seleções brasileira e alemã, as duas grandes forças que restaram nesta Copa, reeditam no torneio, ao menos pelos números, suas tradicionais escolas de futebol.
Pelas estatísticas do Datafolha, a equipe nacional é a que mais acerta passes (85,9%), finaliza (16,2 vezes) e dribla (20,8 tentativas) entre as quatro nas semifinais.
São números que indicam uma reedição da tradicional escola brasileira de qualidade técnica e ofensividade. O time de Luiz Felipe Scolari, por sinal, tem o melhor ataque do Mundial, com 15 gols.
Quando se trata de marcar, a performance brasileira cai. Dos quatro classificados para as semifinais, tem a pior defesa, com quatro gols sofridos, e a segunda menor média de desarmes (139,4).
Nas estatísticas da Alemanha, transparece a volta do estilo de jogo eficiente que levou o país a se sagrar campeão de três Copas.
A equipe é a que menos fica com a bola, passa (272), lança (sete), dribla (quatro) e desarma (138,8) entre os semifinalistas, mas possui a defesa menos vazada, com só um gol tomado, e o segundo melhor ataque do torneio, com 13.
Os números alemães são os que mais destoam entre os semifinalistas. Enquanto Brasil, Turquia e Coréia do Sul apresentam, por exemplo, médias acima de 320 passes por partida, a Alemanha dá, no mínimo, 50 a menos. O aproveitamento, de 79,8%, também é o único abaixo dos 80%.
No tempo de posse de bola, o time de Rudi Völler também é o único que fica longe dos 30 minutos por partida, com 25min12s.
Nos dribles e lançamentos, então, a Alemanha está muito abaixo das outras três seleções. É a única a não passar de dez tentativas nesses dois fundamentos.
Na hora de finalizar, porém, os alemães se destacam e, com média de 15 por jogo, só perdem do Brasil.(JOÃO CARLOS BOTELHO)

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