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São Paulo, terça-feira, 24 de junho de 2003

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Decisão acirrou sentimento de amor e ódio

DA REPORTAGEM LOCAL

A decisão entre Santos e Boca Juniors - a primeira de um time argentino na história da Libertadores da América, criada três anos antes- foi fundamental para acirrar o sentimento de amor e ódio em torno do clube mais popular do país.
Naquela final, ficou claro que quem não torcia a favor do Boca, torceu contra. E até hoje é assim.
Foi a partir daí que surgiu o slogan "a metade mais um", para designar a superioridade numérica dos simpatizantes boquenses.
Nenhuma pesquisa comprova a massacrante vantagem cantada em prosa e verso pelo torcedor, mas as mais recentes coincidem ao apontar o contingente de fãs do Boca como o mais numeroso da Argentina.
Em 1963, o River Plate já amargava um jejum de seis anos sem nenhuma conquista -marca que só seria quebrada em 1975.
Portanto, tudo o que seus torcedores não queriam era ver o seu principal rival faturar o título continental, até então inédito para a Argentina (o Independiente acabou sendo o pioneiro, em 1964).
Para completar, o Boca era dirigido por ninguém menos que Adolfo Pedernera, um dos maiores ídolos da história do River.
Ao lado de Muñoz, Moreno, Labruna e Loustau, Pedernera fez parte da linha de ataque do time conhecido como "La Maquina", que conquistou três títulos nacionais entre 1941 e 1946.
A torcida contra deu resultado em 1963, mas o time manteve a base e foi campeão nacional nos dois anos seguintes. Na Libertadores, com quatro títulos, só fica atrás do Independiente, que tem sete. (AD)


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