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Decisão acirrou sentimento de amor e ódio
DA REPORTAGEM LOCAL
A decisão entre Santos e
Boca Juniors - a primeira
de um time argentino na história da Libertadores da
América, criada três anos
antes- foi fundamental para acirrar o sentimento de
amor e ódio em torno do
clube mais popular do país.
Naquela final, ficou claro
que quem não torcia a favor
do Boca, torceu contra. E até
hoje é assim.
Foi a partir daí que surgiu
o slogan "a metade mais
um", para designar a superioridade numérica dos simpatizantes boquenses.
Nenhuma pesquisa comprova a massacrante vantagem cantada em prosa e verso pelo torcedor, mas as mais recentes coincidem ao
apontar o contingente de fãs
do Boca como o mais numeroso da Argentina.
Em 1963, o River Plate já
amargava um jejum de seis
anos sem nenhuma conquista -marca que só seria
quebrada em 1975.
Portanto, tudo o que seus
torcedores não queriam era
ver o seu principal rival faturar o título continental, até
então inédito para a Argentina (o Independiente acabou
sendo o pioneiro, em 1964).
Para completar, o Boca era
dirigido por ninguém menos que Adolfo Pedernera,
um dos maiores ídolos da
história do River.
Ao lado de Muñoz, Moreno, Labruna e Loustau, Pedernera fez parte da linha de
ataque do time conhecido como "La Maquina", que
conquistou três títulos nacionais entre 1941 e 1946.
A torcida contra deu resultado em 1963, mas o time
manteve a base e foi campeão nacional nos dois anos
seguintes. Na Libertadores,
com quatro títulos, só fica
atrás do Independiente, que
tem sete.
(AD)
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