São Paulo, domingo, 24 de junho de 2007

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Estádio só fica pronto após a competição

DO ENVIADO A BARQUISIMETO

Palco de três jogos da Copa América, o novo estádio Metropolitano de Barquisimeto só ficará pronto em três meses, quando o torneio já terá praticamente desaparecido da memória dos torcedores.
A previsão é do próprio chefe de inspeção das obras, Felix Ducharne.
Mesmo assim, acredita o arquiteto, dá para driblar os obstáculos com o jeitinho venezuelano e um esforço concentrado que envolve 2.600 trabalhadores, incluindo 300 militares do Exército.
Para os jogos da Copa -os dois primeiros serão no dia 5-, já estão previstas limitações. A capacidade total, de 40 mil lugares, perderá quase 4.000 vagas.
Para chegar ao estádio, os torcedores serão transportados por 120 ônibus a partir de estacionamentos distantes vários quilômetros.
"O estádio não está atrasado. É o contrário, está adiantado. Era uma obra para ser construída em 24 meses, e nós estamos fazendo em 12 meses", disse Ducharne, enquanto levava a reportagem da Folha a um "tour" pelas arquibancadas.
Contra todas as evidências, Ducharne disse que o estádio "está bastante aceitável". "O que falta é colocar as cadeiras", afirmou.
Desde que começou, a construção do estádio é acompanhada como uma novela pelos habitantes da cidade -vários acham que o final não será feliz. "Aqui na obra muita gente diz que o estádio não vai ficar pronto, que não vai ter jogo", conta o montador eletromecânico Julio Escalona, 27.
Embora os venezuelanos costumem torcer para o Brasil, Barquisimeto "virou a casaca". Segundo a loja de comércio popular Globo Mundo, que vende camisas falsificadas, saem em média 25 da Argentina por dia -e apenas uma brasileira.0 (FM)


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