São Paulo, quarta-feira, 24 de junho de 2009

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Em carta, Mosley não descarta a reeleição

DA REPORTAGEM LOCAL

A queda de braço para definir o futuro da F-1 não deve acabar tão cedo. O presidente da FIA, Max Mosley, enviou ontem uma carta para todos os automóveis clubes filiados à entidade com duras críticas às equipes dissidentes da categoria.
No comunicado, o dirigente desmentiu os rumores de uma possível renúncia e demonstrou sua intenção de disputar as eleições para o comando da FIA, em outubro. Mosley deve confirmar sua candidatura em reunião do Conselho Mundial da FIA hoje, em Paris. Na ocasião, o dirigente estará frente a frente com o presidente da Fota, Luca di Montezemolo.
"Nas últimas semanas, ficou claro que um dos objetivos dos times dissidentes é a minha renúncia ao cargo. No ano passado, vocês me ofereceram confiança e, como eu escrevi em 16 de maio de 2008, não era minha intenção concorrer à reeleição em outubro deste ano. No entanto, devido aos ataques feitos ao cargo que vocês me confiaram, agora preciso refletir melhor sobre a minha decisão original", disse Mosley.
O dirigente não acredita que a força das escuderias dissidentes possa influenciar no resultado das eleições.
"É para os integrantes da FIA, e somente eles, decidirem democraticamente seu novo presidente. Não é uma atribuição da indústria automobilística e, menos ainda, dos funcionários que comandam as equipes", afirmou Mosley.
Uma das principais adversárias da FIA, a Ferrari entrou com uma ação em um tribunal de Lausanne, na Suíça, para proteger os direitos das equipes da Fota. Em maio, no Tribunal de Grandes Instâncias de Paris, a escuderia italiana perdeu um processo para a revogação do regulamento de 2010.
A disputa entre a FIA e a Fota teve início com a imposição do teto orçamentário de R$ 129 milhões para a próxima temporada. "O catalisador desse conflito atual foi a intenção da FIA de reduzir os custos da F-1. Uma redução dos valores gastos é essencial para a sobrevivência dos times independentes. Sem eles, o campeonato ficará totalmente dependente dos fabricantes de automóveis, que sempre entraram e saíram da categoria como quiseram", explicou Mosley.
Como resposta à proposta de redução de custos, as equipes ameaçam deixar a F-1 e criar uma categoria paralela. Ontem, até mesmo um possível calendário - que não inclui o Brasil - com 16 provas foi divulgado na imprensa europeia.


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