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Em carta, Mosley não descarta a reeleição
DA REPORTAGEM LOCAL
A queda de braço para definir
o futuro da F-1 não deve acabar
tão cedo. O presidente da FIA,
Max Mosley, enviou ontem
uma carta para todos os automóveis clubes filiados à entidade com duras críticas às equipes dissidentes da categoria.
No comunicado, o dirigente
desmentiu os rumores de uma
possível renúncia e demonstrou sua intenção de disputar
as eleições para o comando da
FIA, em outubro. Mosley deve
confirmar sua candidatura em
reunião do Conselho Mundial
da FIA hoje, em Paris. Na ocasião, o dirigente estará frente a
frente com o presidente da Fota, Luca di Montezemolo.
"Nas últimas semanas, ficou
claro que um dos objetivos dos
times dissidentes é a minha renúncia ao cargo. No ano passado, vocês me ofereceram confiança e, como eu escrevi em 16
de maio de 2008, não era minha intenção concorrer à reeleição em outubro deste ano.
No entanto, devido aos ataques
feitos ao cargo que vocês me
confiaram, agora preciso refletir melhor sobre a minha decisão original", disse Mosley.
O dirigente não acredita que
a força das escuderias dissidentes possa influenciar no resultado das eleições.
"É para os integrantes da
FIA, e somente eles, decidirem
democraticamente seu novo
presidente. Não é uma atribuição da indústria automobilística e, menos ainda, dos funcionários que comandam as equipes", afirmou Mosley.
Uma das principais adversárias da FIA, a Ferrari entrou
com uma ação em um tribunal
de Lausanne, na Suíça, para
proteger os direitos das equipes
da Fota. Em maio, no Tribunal
de Grandes Instâncias de Paris,
a escuderia italiana perdeu um
processo para a revogação do
regulamento de 2010.
A disputa entre a FIA e a Fota
teve início com a imposição do
teto orçamentário de R$ 129
milhões para a próxima temporada. "O catalisador desse conflito atual foi a intenção da FIA
de reduzir os custos da F-1.
Uma redução dos valores gastos é essencial para a sobrevivência dos times independentes. Sem eles, o campeonato ficará totalmente dependente
dos fabricantes de automóveis,
que sempre entraram e saíram
da categoria como quiseram",
explicou Mosley.
Como resposta à proposta de
redução de custos, as equipes
ameaçam deixar a F-1 e criar
uma categoria paralela. Ontem,
até mesmo um possível calendário - que não inclui o Brasil
- com 16 provas foi divulgado
na imprensa europeia.
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