São Paulo, quarta-feira, 24 de junho de 2009

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Defesa sólida comanda série invicta da Espanha

Equipe tomou apenas 11 gols na sequência de 35 jogos em que está sem perder

Técnico credita a antecessor responsabilidade por boa fase do time, que hoje pega os EUA por vaga na final da Copa das Confederações


EDUARDO ARRUDA
PAULO COBOS
ENVIADOS ESPECIAIS A JOHANNESBURGO

É a defesa que faz da Espanha o grande rival do Brasil na Copa das Confederações e também um dos maiores concorrentes da seleção nacional no Mundial de 2010. A equipe espanhola joga às 15h30, contra os Estados Unidos, por uma vaga na final do torneio na África do Sul.
O badalado toque de bola dos campeões europeus é bom para encher os olhos dos espectadores. Mas o que chama a atenção no time espanhol é o número de gols sofridos na série de 35 jogos sem derrotas, que teve o seu começo no início de 2007 e já igualou um recorde brasileiro da década passada.
Foram apenas 11 gols tomados nessas partidas, o que dá uma média de 0,31 por jogo. Todas as seleções que já foram campeãs mundiais têm pelo menos uma marca no período que é o dobro da registrada pela Espanha -quem chega mais perto é o Brasil, com 0,70.
Mais impressionante é a performance do time na atual série de 15 vitórias seguidas, outro recorde em confrontos envolvendo seleções nacionais. Nesses confrontos, a meta espanhola foi vazada só duas vezes.
E melhor ainda é o desempenho defensivo da Espanha em clássicos. Desde o início de 2007, a equipe jogou seis vezes contra rivais que já foram campeões mundiais. Nenhum deles conseguiu fazer um gol.
No ataque, os números dos espanhóis estão muito próximos dos registrados pelos outros grandes. Em alguns casos, são até piores. Na invicta série de 35 jogos, o time marcou 73 vezes, média de 2,09 gols por duelo. Com Dunga no comando da seleção nacional, o Brasil fez, em média, 2,14 gols por partida.
Com exceção do goleiro Casillas, a defesa espanhola não tem nomes famosos. As estrelas da equipe se concentram no meio de campo, casos de Iniesta, Xavi e Fàbregas, e no ataque, com Fernando Torres e Villa.
A retaguarda da seleção espanhola, aliás, tem atletas muitas vezes ironizados por sua técnica não tão apurada, como o lateral-direito Sérgio Ramos e o zagueiro Puyol, apesar de ambos serem destaques em seus clubes -Real Madrid e Barcelona, respectivamente.
O técnico Vicente del Bosque, que assumiu o cargo depois do título da Eurocopa, no ano passado, agradece a Luis Aragonés, seu antecessor, pela longa série invicta da equipe.
"Ele me deixou um brinquedo com pilhas dentro. Este tem sido um magnífico grupo de jogadores desde que eram jovens. Quando cheguei, há um ano, disse que meu plano era dar continuidade ao estilo de jogo. Fizemos apenas pequenas mudanças", disse Del Bosque, que apontou os norte-americanos, adversários de hoje, como um time rápido e bem organizado.
Os jogadores espanhóis, apesar de já vislumbrarem uma final contra o Brasil na Copa das Confederações no próximo domingo, dizem respeitar os rivais, que se classificaram para as semifinais com três pontos ganhos em nove disputados.
"Eles possuem jogadores perigosos em escanteios e na bola parada", afirmou o lateral-direito Sérgio Ramos.
Prevendo uma final contra os espanhóis, o atacante Luis Fabiano diz que os adversários terão vantagem, pois desfrutarão de um dia a mais de descanso.


NA TV - Espanha x EUA
Band e Sportv, ao vivo, às 15h30



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