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Defesa sólida comanda série invicta da Espanha
Equipe tomou apenas 11 gols na sequência de 35 jogos em que está sem perder
Técnico credita a antecessor
responsabilidade por boa
fase do time, que hoje pega
os EUA por vaga na final da
Copa das Confederações
EDUARDO ARRUDA
PAULO COBOS
ENVIADOS ESPECIAIS A
JOHANNESBURGO
É a defesa que faz da Espanha
o grande rival do Brasil na Copa
das Confederações e também
um dos maiores concorrentes
da seleção nacional no Mundial
de 2010. A equipe espanhola joga às 15h30, contra os Estados
Unidos, por uma vaga na final
do torneio na África do Sul.
O badalado toque de bola dos
campeões europeus é bom para
encher os olhos dos espectadores. Mas o que chama a atenção
no time espanhol é o número
de gols sofridos na série de 35
jogos sem derrotas, que teve o
seu começo no início de 2007 e
já igualou um recorde brasileiro da década passada.
Foram apenas 11 gols tomados nessas partidas, o que dá
uma média de 0,31 por jogo. Todas as seleções que já foram
campeãs mundiais têm pelo
menos uma marca no período
que é o dobro da registrada pela
Espanha -quem chega mais
perto é o Brasil, com 0,70.
Mais impressionante é a performance do time na atual série
de 15 vitórias seguidas, outro
recorde em confrontos envolvendo seleções nacionais. Nesses confrontos, a meta espanhola foi vazada só duas vezes.
E melhor ainda é o desempenho defensivo da Espanha em
clássicos. Desde o início de
2007, a equipe jogou seis vezes
contra rivais que já foram campeões mundiais. Nenhum deles
conseguiu fazer um gol.
No ataque, os números dos
espanhóis estão muito próximos dos registrados pelos outros grandes. Em alguns casos,
são até piores. Na invicta série
de 35 jogos, o time marcou 73
vezes, média de 2,09 gols por
duelo. Com Dunga no comando
da seleção nacional, o Brasil fez,
em média, 2,14 gols por partida.
Com exceção do goleiro Casillas, a defesa espanhola não tem
nomes famosos. As estrelas da
equipe se concentram no meio
de campo, casos de Iniesta, Xavi e Fàbregas, e no ataque, com
Fernando Torres e Villa.
A retaguarda da seleção espanhola, aliás, tem atletas muitas
vezes ironizados por sua técnica não tão apurada, como o lateral-direito Sérgio Ramos e o
zagueiro Puyol, apesar de ambos serem destaques em seus
clubes -Real Madrid e Barcelona, respectivamente.
O técnico Vicente del Bosque, que assumiu o cargo depois do título da Eurocopa, no
ano passado, agradece a Luis
Aragonés, seu antecessor, pela
longa série invicta da equipe.
"Ele me deixou um brinquedo com pilhas dentro. Este tem
sido um magnífico grupo de jogadores desde que eram jovens.
Quando cheguei, há um ano,
disse que meu plano era dar
continuidade ao estilo de jogo.
Fizemos apenas pequenas mudanças", disse Del Bosque, que
apontou os norte-americanos,
adversários de hoje, como um
time rápido e bem organizado.
Os jogadores espanhóis, apesar de já vislumbrarem uma final contra o Brasil na Copa das
Confederações no próximo domingo, dizem respeitar os rivais, que se classificaram para
as semifinais com três pontos
ganhos em nove disputados.
"Eles possuem jogadores perigosos em escanteios e na bola
parada", afirmou o lateral-direito Sérgio Ramos.
Prevendo uma final contra os
espanhóis, o atacante Luis Fabiano diz que os adversários terão vantagem, pois desfrutarão
de um dia a mais de descanso.
NA TV - Espanha x EUA
Band e Sportv, ao vivo, às 15h30
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