São Paulo, quarta-feira, 24 de junho de 2009

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Calouros da seleção são atração em entrevistas

DOS ENVIADOS A JOHANNESBURGO

Eles são novatos, mas alcançaram o posto de titulares na primeira convocação para a seleção brasileira. Até agora, são os dois atletas que mais lucram com a Copa das Confederações. E não escondem a inexperiência para lidar com temas delicados que envolvem a equipe.
A falta de rodagem com a camisa amarela é ainda mais destacada quando o meia Ramires e o lateral-esquerdo André Santos se expõem publicamente diante dos microfones.
Os dois ainda não seguem o padrão pasteurizado das estrelas do time. Também não fogem, como os seus colegas mais famosos, de temas polêmicos.
O ex-cruzeirense demonstra humildade, conta histórias da infância pobre no interior do Rio e fala de sua transferência para o Benfica. Este último assunto foi proibido por Dunga.
O corintiano André Santos deixa claro seu deslumbramento com o time nacional. Será avisado de que Dunga, técnico conservador, não gosta disso.
Sorridente, o lateral reclama do maior símbolo dos torcedores de futebol na África do Sul, as barulhentas vuvuzelas.
"Essa corneta tem que ser banida do futebol. Eu sei que faz a festa da torcida, mas atrapalha a gente", disse o jogador, que ganhou a posição de Kléber mas ainda não convenceu plenamente o treinador da seleção brasileira. "Eu procuro fazer na seleção o que faço no clube", declarou o André Santos, sem citar o nome do Corinthians.
Se a lateral esquerda ainda é problema para Dunga, o técnico parece satisfeito com Ramires. Na África do Sul, ele é tratado como a grande revelação da seleção. Ontem, respondeu várias vezes se não havia se precipitado ao assinar com o Benfica antes de ser convocado para defender o selecionado nacional.
O clube português pagou cerca de R$ 22 milhões ao Cruzeiro. "Agora já foi feito o negócio, mas não estou arrependido. Foi importante ser contratado pelo Benfica. É um time grande na Europa", declarou o atleta, também muito assediado por jornalistas estrangeiros.
Os repórteres queriam saber mais sobre o habilidoso meia, que participou dos últimos cinco jogos da seleção -dois deles como titular- e tem se destacado pelo bom entrosamento com Kaká e Robinho. "Por que corre tanto?", veio a pergunta.
"Sempre corri, desde novinho. Já corri muito da minha avó e de cachorro", brincou o mais novo candidato a estrela da seleção brasileira. (EAR E PC)


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