|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Time aposta na força do conjunto no 1º jogo da decisão da Libertadores
"Antipenta", São Caetano começa luta pela América
Fernando Santos/Folha Imagem
|
O meia Robert (à frente), titular do São Caetano na partida de hoje no Paraguai, disputa lance no treino de ontem do time paulista |
EDUARDO ARRUDA
RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL
O futebol brasileiro volta hoje a
uma final internacional, mas bem
diferente da que o mundo viu há
24 dias em Yokohama, no Japão.
Não haverá em campo astros
mundiais como Ronaldo, Rivaldo
ou Roberto Carlos. Não haverá
um time que conte com as individualidades para chegar ao título.
Pelo contrário, o São Caetano é
uma espécie de equipe ""antipenta", afinal, conta com a força do
conjunto, conseguida pela permanência de seu técnico, Jair Picerni, e da base do elenco.
""Acredito que nosso bom trabalho faz com que os jogadores brilhem mais aqui no São Caetano
do que em outros clubes", afirma
Picerni, que comanda esta noite o
time que enfrenta o Olimpia, no
primeiro jogo decisivo da Libertadores, o principal torneio interclubes das Américas.
O jogo acontece às 21h45, no estádio Defensores del Chaco, em
Assunção (Paraguai). A partida
de volta será dia 31, no Pacaembu.
Se os dois times empatarem em
pontos e no saldo de gols, a decisão será nos pênaltis.
""No São Caetano, há muito
mais acertos do que erros. Estamos a dois degraus de darmos o
maior salto de nossas vidas. E vamos conseguir", diz Picerni.
Se sair vencedor do confronto
com os paraguaios, o time vai no
final do ano para o Japão e, no
mesmo estádio de Yokohama que
viu o Brasil campeão, enfrenta o
Real Madrid, time espanhol que é
o atual campeão da Europa.
Para chegar ao Japão, o São Caetano adota uma disposição tática
bem diferente da seleção pentacampeã. Se Luiz Felipe Scolari
usou o precavido esquema 3-5-2,
Picerni resolveu apostar suas fichas no tradicional 4-4-2.
Enquanto o Brasil chegou à final
do Mundial com três zagueiros
(Roque Júnior, Lúcio e Edmílson)
e dois volantes (Gilberto Silva e
Kleberson), o São Caetano avança
com uma típica dupla de zaga
(Dininho e Daniel) e apenas um
volante (Marcos Senna).
Como não conta com uma força
ofensiva da qualidade da do trio
de ""erres" (Rivaldo, Ronaldo e
Ronaldinho), Picerni confia em
seu trio de meias, que considera o
diferencial criativo da equipe. São
eles Aílton, Robert e Adãozinho.
Do time, o único testado por
Scolari na seleção foi o zagueiro
Daniel, não chamado na Copa.
Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Depoimento: "Após dois vices, acho que chegou a vez do Azulão" Índice
|