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São Paulo, quinta-feira, 24 de julho de 2003

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Ataque do Corinthians trava de vez e estica má fase fora de casa

DA REPORTAGEM LOCAL

Os gols, que já eram raros, sumiram de vez ontem do ataque do Corinthians. A equipe comandada por Geninho empatou em 0 a 0 com o Bahia em Salvador.
O resultado manteve o jejum de vitórias do time paulista como visitante. O único triunfo do clube do Parque São Jorge no Brasileiro nessa condição aconteceu no dia 4 de maio, quando o Fortaleza foi batido por 2 a 1, no Ceará.
A partida de ontem acentuou a queda de rendimento do ataque corintiano, que já foi o melhor do Brasileiro e ainda espera pela volta de Liedson. Nos últimos sete jogos, o time paulista balançou a rede só cinco vezes, média de 0,71 gol por apresentação. Nas outras 14 partidas, o clube ostentava a marca de 2,14 gols por confronto.
Ontem, Geninho mudou o sistema tático. Trocou o 4-4-2 pelo 3-5-2. A defesa ficou mais protegida, porém o ataque não foi bem.
Com o retorno de Kléber, recuperado de contusão, o Corinthians tentou as jogadas pela esquerda desde o início da partida. O lateral havia machucado a coxa direita na vitória sobre o Fluminense, no dia 29 de junho.
Kléber foi o corintiano mais acionado no primeiro tempo, com 28 bolas recebidas.
Sem Gil, que se recupera de uma contusão, o lateral contou com a ajuda do jovem Abuda, 17, pela esquerda. Só no primeiro tempo, o atacante foi acionado 18 vezes.
Com cinco jogadores no meio-campo, o time paulista teve mais facilidade nas trocas de passes, mas continuou com dificuldade para finalizar. Quando fez o arremate, faltou pontaria, como acontecera nas seis partidas anteriores, em que a equipe acertara apenas 30,9% das conclusões.
No primeiro tempo, a equipe do Parque São Jorge errou cinco das sete finalizações. O índice de acerto caiu para 28,6%.
Nos primeiros 45 minutos, os corintianos ficaram mais tempo com a bola, forçando os baianos a cometerem o dobro de faltas: 14 contra 7 dos rivais.
Na etapa final, a equipe da casa conseguiu trocar mais passes, mas repetiu a falta de capricho do adversário na pontaria.
Foram nove arremates dos baianos. Só três certos. O Corinthians fez sete finalizações no segundo tempo e errou quatro.
Foi a vez de o Corinthians recorrer às faltas. Numa delas, o zagueiro Anderson recebeu o seu segundo cartão amarelo em três partidas e já está pendurado.
O Bahia melhorou sua pontaria após a metade da etapa final e obrigou Rubinho a fazer pelo menos duas difíceis defesas.
No momento em que sua equipe mais era ameaçada, Geninho mudou o ataque. Ele tirou Abuda para a entrada de outro jovem, Bobô, 18. O novato poderia ter dado a vitória a seu time, se não tivesse errado de forma grosseira, aos 44min, com o gol livre.
"Dominamos o primeiro tempo e fomos engolidos pelo Bahia na segunda etapa", disse Geninho.
A diretoria do clube conseguiu evitar um desfalque para o jogo contra o Grêmio, domingo, no Pacaembu. A CBF atendeu a um pedido dos dirigentes corintianos e transferiu de hoje para segunda-feira a apresentação de Abuda à seleção brasileira sub-17.


Colaborou a Agência Folha


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