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FUTEBOL
Com tropeço do Cruzeiro, time de Rojas assume a ponta do Brasileiro hoje, no Morumbi, se ganhar seu 5º jogo seguido
São Paulo enfrenta a Ponte pela liderança
MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Hoje à noite, contra a Ponte Preta, no Morumbi, o São Paulo busca sua quinta vitória seguida no
Brasileiro, que pode consagrar
sua arrancada no campeonato.
Caso isso aconteça, a equipe do
treinador chileno Roberto Rojas
chegará aos 44 pontos e ultrapassará o Cruzeiro, que parou nos 43
com a derrota de ontem à noite
por 3 a 0 diante do Paysandu.
A equipe mineira está na dianteira desde a oitava rodada, no
início de maio, quando bateu o
Santos e passou o Internacional.
O Nacional de pontos corridos
completa hoje sua 21ª jornada.
Invicto há nove jogos, o São
Paulo tem usado como principal
arma o equilíbrio. O time não brilha nos fundamentos, mas também não fracassa em nenhum deles. Nos últimos tropeços do São
Paulo, faltou isso às equipes de
Oswaldo de Oliveira e Nelsinho
Baptista, famosas pelos gols marcados e também pelos sofridos.
O Datafolha destacou as atuações ofensivas do São Paulo no
Paulista-2003 e no Brasileiro e no
Rio-SP do ano passado.
Resultado: o time teve melhor
passe (88,9%, no Estadual), melhor pontaria (45,2%, no Nacional-02), maior poder ofensivo
(média de 18,3 finalizações, no
Rio-SP) e os artilheiros (França,
no interestadual, e Luis Fabiano,
no Brasileiro e no Paulista).
Hoje, as estatísticas não acompanham a performance do São
Paulo na tabela. Até aqui, o time
não liderou o ranking de nenhum
dos 15 itens que o Datafolha analisa -a melhor marca foi um segundo posto em média de finalizações na sétima rodada.
O técnico credita isso à força do
"grupo", palavra mais recorrente
em seu vocabulário. "Parece que
falo grupo só por falar, mas não é.
Antes atacávamos e pronto. Foi
importante resguardar a defesa,
hoje elogiada", disse o treinador.
Com a retranca de Rojas, o São
Paulo ataca menos do que antes,
mas se defende melhor. Na frente,
a segurança é a constância de Luis
Fabiano, autor de 37,5% dos gols
são-paulinos (15 dos 40).
Atrás, com quatro ou cinco volantes e dois ou três zagueiros, a
média de gols sofridos por jogo
caiu de 2,33, nas seis primeiras rodadas (com Oswaldo de Oliveira),
para 0,93 (13 gols em 14 partidas
com Rojas no comando).
"Se fiz três jogos ruins no São
Paulo, foi muito. Independentemente do que acontecesse [Rio-SP, Brasileiro-02 e Paulista-03], a
culpa era minha", disse Jean.
"O São Paulo era muito ofensivo, e os zagueiros sofreram com
isso", analisou o zagueiro, que hoje festeja o ineditismo de ser
aplaudido pela torcida e 150 partidas com a camisa tricolor.
A Ponte Preta pode atuar sem
seis titulares. A dupla de zaga (Gabriel e Gérson) e o lateral Mantena não jogam, e o volante Roberto
e os atacantes Fabrício Carvalho e
Sérgio Alves são dúvidas.
NA TV - Sportv (menos para
São Paulo e RJ), ao vivo,
às 21h30
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