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FUTEBOL
Seleção sofre para marcar nos EUA, mas ganha com o gol de ouro de Diego e joga domingo a decisão da Copa Ouro
Na morte súbita, Brasil ganha e vai à final
DA REPORTAGEM LOCAL
Em uma virada dramática e
com o famoso gol de ouro na
morte súbita, a seleção brasileira
sub-23 venceu ontem, em Miami,
os EUA por 2 a 1 e avançou à final
da Copa Ouro, quando irá enfrentar México ou Costa Rica.
O Brasil, que mais uma vez sofreu para vazar a sólida defesa
norte-americana, perdia o jogo
até aos 44min do segundo tempo,
quando Kaká empatou e provocou o tempo extra, em que Diego
cobrou um pênalti que deu a vitória ao time nacional.
Tudo isso depois de duas bolas
na trave e muitas reclamações
com o árbitro, que anulou dois
gols do time comandado pelo técnico Ricardo Gomes.
Se vencer a decisão, o Brasil irá
conquistar a Copa Ouro, torneio
regional das Américas do Norte e
Central com convidados de outras partes do mundo, pela primeira vez. Em 1996, também representado por uma formação
olímpica, o Brasil chegou na final,
mas caiu diante de uma experiente seleção mexicana.
Apesar de ficar com a bola durante a maior parte do tempo, o
Brasil teve dificuldades para finalizar nos 20 minutos iniciais.
Após esse período, entretanto, o
goleiro americano começou a ser
bombardeado. No lance mais perigoso, aos 24min, Kaká acertou a
trave de Keller, que disse durante
a semana não ter hoje o mesmo
temor de enfrentar o Brasil do que
costumava ter no passado.
Quando o domínio brasileiro ficava ainda mais acentuado, os
EUA ainda foram obrigados a
mudar o time -machucado no
olho esquerdo, McBride, um dos
"trintões" da equipe anfitriã, saiu
e deu lugar a Mathis.
A substituição não deu resultado algum. Até o final da primeira
etapa, o time nacional continuou
com o domínio da partida, mas tinha bastante dificuldade para finalizar -quando conseguia, a
pontaria não ajudava.
Com a mesma formação, o Brasil novamente começou o segundo tempo melhor. Logo aos 5min,
em chute de Nilmar, Keller fez
boa defesa e evitou a abertura do
placar. Até os 15min, o goleiro fez
pelo menos mais cinco intervenções que salvaram sua equipe.
Logo depois do juiz anular um
gol brasileiro, o que deixou o time
nervoso, os EUA, em uma de suas
raras investidas, conseguiu marcar. Aos 18min, Reyna fez um longo cruzamento para a área, o zagueiro Bocanegra subiu sozinho e
cabeceou para marcar.
Em desvantagem no placar, Ricardo Gomes sacou Robinho, novamente em atuação apagada, e
colocou Carlos Alberto.
Já perto do apito final, o técnico
fez sua última alteração, colocando Ewerthon, que havia começado a competição como titular.
E foi justamente o jogador do
Borussia Dortmund, aos 44min,
que começou a jogada do gol de
empate -depois de nova defesa
de Keller, a bola sobrou para Kaká
aproveitar o rebote e marcar seu
terceiro gol na Copa Ouro.
Com o empate nos 90 minutos,
a decisão da primeira vaga para a
final foi para a morte súbita.
Mesmo com muito menos experiência do que os rivais, o Brasil
controlou melhor os nervos na
prorrogação e, aos 10min do primeiro tempo, sacramentou sua
classificação em pênalti -marcado após Gibbs pôr a mão na bola
na área- cobrado por Diego.
A segunda semifinal da Copa
Ouro será hoje à noite. Na sua capital, o México enfrenta a Costa
Rica. A final será no domingo.
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