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São Paulo, quinta-feira, 24 de julho de 2003

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FUTEBOL

Seleção sofre para marcar nos EUA, mas ganha com o gol de ouro de Diego e joga domingo a decisão da Copa Ouro

Na morte súbita, Brasil ganha e vai à final

DA REPORTAGEM LOCAL

Em uma virada dramática e com o famoso gol de ouro na morte súbita, a seleção brasileira sub-23 venceu ontem, em Miami, os EUA por 2 a 1 e avançou à final da Copa Ouro, quando irá enfrentar México ou Costa Rica.
O Brasil, que mais uma vez sofreu para vazar a sólida defesa norte-americana, perdia o jogo até aos 44min do segundo tempo, quando Kaká empatou e provocou o tempo extra, em que Diego cobrou um pênalti que deu a vitória ao time nacional.
Tudo isso depois de duas bolas na trave e muitas reclamações com o árbitro, que anulou dois gols do time comandado pelo técnico Ricardo Gomes.
Se vencer a decisão, o Brasil irá conquistar a Copa Ouro, torneio regional das Américas do Norte e Central com convidados de outras partes do mundo, pela primeira vez. Em 1996, também representado por uma formação olímpica, o Brasil chegou na final, mas caiu diante de uma experiente seleção mexicana.
Apesar de ficar com a bola durante a maior parte do tempo, o Brasil teve dificuldades para finalizar nos 20 minutos iniciais.
Após esse período, entretanto, o goleiro americano começou a ser bombardeado. No lance mais perigoso, aos 24min, Kaká acertou a trave de Keller, que disse durante a semana não ter hoje o mesmo temor de enfrentar o Brasil do que costumava ter no passado.
Quando o domínio brasileiro ficava ainda mais acentuado, os EUA ainda foram obrigados a mudar o time -machucado no olho esquerdo, McBride, um dos "trintões" da equipe anfitriã, saiu e deu lugar a Mathis.
A substituição não deu resultado algum. Até o final da primeira etapa, o time nacional continuou com o domínio da partida, mas tinha bastante dificuldade para finalizar -quando conseguia, a pontaria não ajudava.
Com a mesma formação, o Brasil novamente começou o segundo tempo melhor. Logo aos 5min, em chute de Nilmar, Keller fez boa defesa e evitou a abertura do placar. Até os 15min, o goleiro fez pelo menos mais cinco intervenções que salvaram sua equipe.
Logo depois do juiz anular um gol brasileiro, o que deixou o time nervoso, os EUA, em uma de suas raras investidas, conseguiu marcar. Aos 18min, Reyna fez um longo cruzamento para a área, o zagueiro Bocanegra subiu sozinho e cabeceou para marcar.
Em desvantagem no placar, Ricardo Gomes sacou Robinho, novamente em atuação apagada, e colocou Carlos Alberto.
Já perto do apito final, o técnico fez sua última alteração, colocando Ewerthon, que havia começado a competição como titular.
E foi justamente o jogador do Borussia Dortmund, aos 44min, que começou a jogada do gol de empate -depois de nova defesa de Keller, a bola sobrou para Kaká aproveitar o rebote e marcar seu terceiro gol na Copa Ouro.
Com o empate nos 90 minutos, a decisão da primeira vaga para a final foi para a morte súbita.
Mesmo com muito menos experiência do que os rivais, o Brasil controlou melhor os nervos na prorrogação e, aos 10min do primeiro tempo, sacramentou sua classificação em pênalti -marcado após Gibbs pôr a mão na bola na área- cobrado por Diego.
A segunda semifinal da Copa Ouro será hoje à noite. Na sua capital, o México enfrenta a Costa Rica. A final será no domingo.


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