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ATLETISMO
Velocista voltou da Austrália com 5 medalhas
Ex-marido diz que Marion Jones usou coquetel de drogas em Sydney
DA REPORTAGEM LOCAL
C.J. Hunter, ex-marido da norte-americana Marion Jones, 28,
declarou que injetava nela substâncias proibidas. Ele disse também que viu a velocista usar drogas para a melhora da performance na casa em que eles ficaram na
Austrália, para os Jogos Olímpicos de 2000, quando Marion Jones conquistou três medalhas de
ouro e duas de bronze.
A revelação foi feita ao jornal
"San Francisco Chronicle", que
detalhou as substâncias usadas:
hormônio de crescimento humano (hGH), o esteróide anabólico
THG, insulina e EPO -uma
substância que estimula a produção de glóbulos vermelhos.
Campeão mundial de arremesso de peso em 1999, Hunter teve
quatro exames positivos para o
esteróide anabólico nandrolona
no ano seguinte. Acabou banido.
Joseph Burton, advogado da velocista, contra-atacou declarando
que Hunter está mentindo em razão de sua amargura pelo término
do casamento com Marion Jones.
Em entrevista coletiva após a
oficialização de seu caso, em
Sydney, Hunter chorou ao tentar
justificar seus testes positivos.
Junto a ele estava Victor Conte,
fundador do laboratório Balco,
que era seu nutricionista.
Três anos mais tarde, a empresa
foi acusada de sintetizar e distribuir o esteróide anabólico THG.
Marion Jones e seu marido
atual, Tim Montgomery -recordista mundial dos 100 m-, são
acusados de terem usado produtos distribuídos pelo Balco.
A Usada (agência antidoping
dos EUA) encontrou evidências
-como cheques- que ligam Jones e Montgomery ao laboratório.
A acusação de Hunter de que
Conte e o ex-técnico de Marion
Jones, Trevor Graham, forneciam-lhe drogas para a melhora
de performance pode ser usada
em investigação contra a atleta.
Ela pode ser banida do esporte
pelo resto da vida, apesar de nunca ter testado positivo em nenhum controle antidoping.
Para Atenas, a atleta se classificou apenas no salto em distância
nas seletivas dos EUA, encerradas
no domingo, em Sacramento.
Ela ainda tem esperança de ser
convocada para correr os 100 m
em razão da possível suspensão
de Torri Edwards, que testou positivo para niquetamina em abril,
antes da seletiva, mas deve ter liberação para competir. Normalmente, o uso de estimulante é punido só com a anulação dos resultados do atleta, sem suspensão. O
caso será analisado pela Iaaf, entidade máxima do atletismo.
Já Montgomery não conseguiu
se classificar na prova que tem o
melhor tempo da história. Ele
também não obteve vaga na equipe de revezamento 4 x 100 m.
Com agências internacionais
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