São Paulo, quinta-feira, 24 de julho de 2008

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Judô faz cartilha para adaptação ao fuso

LUÍS FERRARI
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

A maratona de treinos nos quatro anos do ciclo olímpico chega perto do fim com uma nova, desgastante e obrigatória etapa: mais de 24 horas entre aviões e aeroportos, coroadas com descompasso de 11 horas no fuso, que separam os relógios de Brasília dos de Pequim.
Na reta final rumo à Olimpíada, a viagem para a Ásia merece um planejamento especial, detalhado. Ontem, por exemplo, os 13 judocas que embarcaram para aclimatação em Tóquio receberam um documento com recomendações para melhor adaptação ao fuso horário.
As recomendações são divididas em três etapas. Englobam das 48 horas anteriores ao embarque até os primeiro dias da aclimatação na Ásia.
Nos dias anteriores ao embarque, os atletas são orientados a atrasar suas rotinas diárias em uma hora. Os que não vivem em São Paulo -de onde partiu a equipe, primeiro para Toronto e de lá para Tóquio- foram aconselhados a viajar na véspera para a cidade.
Para ajudar o metabolismo a entrar no horário japonês (uma hora além do fuso de Pequim), a primeira dica é ajustar o relógio conforme o destino final (adiantando-o 12 horas).
"Tem que lutar contra, e não é fácil. Quando apagam as luzes do avião, por exemplo, não consigo evitar dormir", diz o bicampeão mundial João Derly, veterano de idas ao Japão.
Os judocas foram orientados a evitar dormir nas primeiras seis horas do vôo entre Guarulhos e Toronto, que deixaria São Paulo às 21h30 de ontem.
A chegada ao Canadá, para uma espera de seis horas pela conexão, estava prevista para 7h20 no horário local. Por isso o documento faz um alerta aos judocas: "Lembre-se de que, quando você sair de Toronto, já serão quase 3h em Tóquio. Por isso, duas horas antes, evite ambientes muito iluminados".
No vôo entre Canadá e Japão, a sugestão é dormir nas oito horas iniciais. A chegada está prevista para 15h50 (horário de Tóquio), e a orientação é forçar a vigília até 21h30. Para lutar contra o sono, a dica é buscar lugares iluminados.
Nos primeiros dias na Ásia, quando os atletas serão monitorados com questionários para avaliar sua adaptação, o pedido é para não fecharem as cortinas antes de dormir.


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