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VÔLEI
Bernardinho não sabe como estreará no Mundial após lesão de 4 titulares
Brasil encerra preparação sem ritmo e sem equipe
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
A seleção brasileira masculina
encerrou ontem sua última série
de amistosos preparatórios para a
estréia no Mundial de vôlei da Argentina "despreparada".
Por causa das contusões sofridas por quatro titulares na última
semana -Maurício, André Nascimento, Nalbert e Giba-, as
partidas, que serviriam para dar
ritmo de jogo à base da seleção
após cerca de três semanas de
treinos (desde o vice-campeonato
da Liga Mundial), acabaram calibrando as mãos dos reservas.
"Nunca vi uma maré tão ruim.
Com essas lesões, nós perdemos a
consistência da base do time. Não
vamos chegar ao Mundial no nível que tínhamos planejado", afirmou o técnico Bernardinho.
"Ainda não sei qual será o time da
estréia. Nem sei que condições físicas terão os jogadores que ficaram afastados por alguns dias."
Na última semana, o levantador
Maurício sentiu dores na panturrilha, o oposto André Nascimento, no ombro, e Nalbert, que havia
tido problemas no ombro, ainda
se recupera de um torcicolo.
O caso mais grave foi o de Giba.
No último dia 16, o ponta precisou ser internado em uma clínica
no Rio por causa de uma inflamação na raiz de um pêlo da coxa.
Teve alta na quinta-feira.
Todos os jogadores, com exceção de Nalbert, já estão recuperados, mas pouco atuaram nos
amistosos contra a França (sexta e
sábado) e o Japão (anteontem e
ontem, em jogo que aconteceria
após o fechamento desta edição).
Nessas partidas, Bernardinho
usou diferentes formações e elogiou a atuação dos reservas.
"É uma virtude poder contar
com peças de reposição, que entram e não deixam o nível cair."
A seleção folga hoje, treina amanhã e quinta no Rio e embarca na
sexta para Córdoba. A estréia no
Mundial será no domingo.
"Agora vamos ter de aproveitar
a primeira fase para pegar ritmo
de jogo", lamentou André.
Além das lesões, outra preocupação de Bernardinho foi o nível
dos testes feitos pela equipe na reta final da preparação.
"Precisávamos ser mais testados. Não conseguimos os amistosos que queríamos", disse.
Para ele, a principal consequência dos problemas enfrentados
pelo time na última semana será a
ansiedade dos jogadores.
"Eles ficam mais ansiosos, preocupados, tensos... O Nalbert é o
que mais preocupa, porque ainda
não está recuperado. É difícil lidar
com a situação de poder estar fora
do time às vésperas de uma competição tão importante", disse.
A ansiedade também atingiu o
treinador. Anteontem, em Mogi
das Cruzes, após o meio Henrique
sentir dores no tendão do pé durante o primeiro jogo contra o Japão, Bernardinho desabafou:
"Até quando vamos continuar a
ter problemas de contusão?".
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