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Pelo bronze, EUA massacram o Brasil
Seleção feminina perde por diferença de 40 pontos no ginásio do Ibirapuera e termina o Mundial na quarta colocação
Sem a pivô Alessandra, machucada, equipe se despede do torneio com atuação frágil e jogadoras bastante emocionadas
ADALBERTO LEISTER FILHO
EDGARD ALVES
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A seleção feminina não retornou ao pódio em um Mundial de basquete. Ontem, no
Ibirapuera, em São Paulo, o
Brasil caiu diante dos EUA, por
99 a 59, na disputa pelo bronze.
Sem Alessandra, que não
conseguiu se recuperar a tempo de uma tendinite no ombro
esquerdo, a seleção brasileira
iniciou a partida com Erika.
A pivô havia se contundido
durante disputa de bola no garrafão contra a Austrália, no jogo anterior, pela semifinal. Sua
ausência foi bastante sentida.
"A Alessandra fez falta. A Erika e a Kelly tentaram corresponder, mas ficou muito difícil
a situação no rebote", comentou a armadora Helen, referindo-se ao amplo domínio dos
EUA no garrafão -o time recuperou 37 bolas sob a tabela,
contra 23 do Brasil.
Sem uma de suas principais
armas em quadra, o Brasil foi
dominado desde o início, com o
agravante de os EUA estarem
certeiros nos tiros de três pontos (55% de êxito no jogo).
A marcação brasileira por zona não surtia efeito, e, com vantagem assegurada cedo, a técnica Anne Donovan, dos EUA, começou a promover revezamento de seu elenco na quadra,
dando espaço para reservas.
Mesmo sem tantas opções,
Antonio Carlos Barbosa, treinador do Brasil, lançou mão do
banco. Ele tentou melhorar a
defesa, com Micaela, e a transição para o ataque, através de
Adrianinha. Cedo, Êga atingiu a
terceira falta, obrigando o técnico a também pôr Cíntia Tuiú.
As alterações não conseguiram brecar o ímpeto ofensivo
das visitantes, que haviam perdido uma invencibilidade de 50
jogos em Mundiais e Olimpíadas na semifinal, ao serem derrotadas pela Rússia anteontem.
Com volume de jogo superior,
os EUA terminaram o primeiro
tempo vencendo por 49 a 34.
Graças ao aproveitamento de
Diana Taurasi, ótima nos tiros
longos, a diferença só aumentou no terceiro quarto, que teve
vitória dos EUA por 34 a 11, ampliando a vantagem para quase
40 pontos (83 a 45). Em pouco
mais de 16 minutos em quadra,
Taurasi terminou como cestinha, com 28 pontos, na melhor
performance individual de uma
norte-americana neste Mundial. A ala-armadora do Phoenix Mercury acertou seis de
seus sete arremessos de três
pontos (86% de acerto).
Sem Alessandra, o Brasil ficou ainda mais limitado quando Erika cometeu sua quinta
falta e teve de deixar a partida.
No período final, as norte-americanas se preocuparam
apenas administrar o resultado
e nem se esforçaram para, na
última bola, tentar atingir a
contagem centenária -deixaram o cronômetro zerar. "Não
acho que o Brasil jogou mal. Fomos nós que nos superamos",
declarou a armadora Sue Bird.
BRASIL: Helen (5 pontos), Iziane (13), Janeth
(16), Êga (7), Erika (6); Adrianinha (3), Micaela
(2), Cíntia Tuiú (1), Kelly (6);
EUA: Sue Bird (2),
Diana Taurasi (28), DeLisha Milton (8), Tamika
Catchings (11), Tina Thompson (15); Alana
Beard (8), Semone Augustus (2), Sheryl Swoopes (2), Cheryl Ford (5), Michele Snow (2), Katie
Smith (6), Candace Parker (10)
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