RICARDO VIEL
DA REPORTAGEM LOCAL

Um time que não soma pontos há seis jogos, que já trocou de técnico quatro vezes no Nacional e à beira da zona do rebaixamento.
Diante desse cenário, o treinador do Figueirense, Mário Sérgio, tomou uma atitude radical: aboliu as folgas dos jogadores e instaurou um "regime de concentração total", que significa que os atletas só saem do hotel para treinar e viajar.
"É uma situação complicada e delicada. Mas a gente já fez de tudo. E tudo o que pudermos fazer para o time não ser rebaixado será feito", falou Anderson Barros, superintendente de futebol do clube catarinense.
Embora com um péssimo desempenho nos últimos jogos, o Figueirense não está na zona da degola. Com 28 pontos, é o 15ª colocado.
A iniciativa de enclausurar os jogadores foi uma decisão de comum acordo entre diretoria e treinador. A explicação é a de que o momento atual exige descanso e boa alimentação, e o hotel é o lugar mais adequado para isso.
"O clube paga o salário dos jogadores, e eles têm que entender que isso é necessário. Nós, da comissão técnica, também estamos nos sacrificando. Estamos concentrados juntos", falou Barros.
No domingo, quando anunciou o novo sistema de trabalho, Mário Sérgio disse que ele estará em vigor até o final do Brasileiro, no dia 7 de dezembro. Segundo Barros, a idéia é afastar o time o mais rápido possível do risco de rebaixamento. "Não estamos ainda pensando na duração da concentração."
Por enquanto, os atletas só podem passar em casa para "dar um beijo nos filhos e na esposa", explicou o cartola.


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