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ATLETISMO
COI nega suposto uso de doping
Florence é inocente, diz comitê olímpico
das agências internacionais
O COI (Comitê Olímpico Internacional) reafirmou ontem que
seus exames jamais apontaram o
uso de qualquer substância proibida pela corredora norte-americana Florence Griffith Joyner, morta
na última segunda-feira.
O presidente da comissão médica da entidade, Alexandre de Merode, disse ter sido rigoroso com
Florence quando ela bateu os recordes mundiais dos 100 m e dos
200 m, em Seul-88.
"Como circulavam rumores, fizemos todos os exames possíveis.
Nunca encontramos nada", afirmou Merode.
O suposto uso de doping é apontado como um dos possíveis causadores da morte da velocista, que
tinha 38 anos. Até agora, a autópsia feita no corpo de Florence não
conseguiu apontar o que teria matado a corredora.
A defesa de Florence feita pelo
comitê olímpico não parece, no
entanto, ter diminuído as suspeitas sobre a atleta.
O velocista Carl Lewis, ganhador
de nove medalhas de ouro olímpicas, voltou a defender controles
antidoping ainda mais rigorosos.
Em seu livro autobiográfico, o
norte-americano chegou a incluir
Florence entre as possíveis consumidoras de anabolizantes, droga
que causa complicações cardíacas.
Médicos europeus também voltaram a questionar os métodos utilizados pelo COI.
"Os controles não conseguem
provar que alguém não consome
drogas", disse o francês Jean Pierre
de Mondenard. "É um procedimento conhecido. A pessoa que
utiliza esteróides anabolizantes
deixa de fazê-lo três semanas antes
de uma competição importante."
Ele classificou o crescimento
muscular de Florence antes dos Jogos Olímpicos de Seul como "impossível entre os humanos".
Outro especialista em doping, o
médico alemão Werner Franke,
também disse estar convencido de
que Florence utilizava substâncias
proibidas. "Essa morte era previsível", afirmou.
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