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FUTEBOL
Temendo pane elétrica, equipe joga hoje contra o Sampaio Corrêa, no Maranhão
Santos tenta ir à final da Conmebol
do enviado a São Luís
Além de se preocupar com os
cerca de 70 mil torcedores que devem apoiar o Sampaio Corrêa, hoje, às 20h30, no Maranhão, o Santos torce para que a iluminação do
estádio não o prejudique na tentativa de chegar à final da Conmebol,
torneio sul-americano de clubes.
A preocupação com a iluminação é plenamente justificada pelo
que aconteceu segunda-feira e terça-feira, quando primeiro o Brasil
e depois a Iugoslávia treinaram no
estádio Castelão para o amistoso
de ontem à tarde.
Na segunda, assim que Wanderley Luxemburgo começou a treinar seus 21 jogadores, metade dos
refletores do estádio se apagaram.
Anteontem, na hora do treino da
Iugoslávia, o problema voltou a
acontecer. Sem luz no Castelão, os
europeus tiveram de encerrar o
treinamento após dez minutos.
"Espero que isso não aconteça na
nossa partida, porque seria uma
lástima ter que jogar em outra data, já que para chegar a São Luís são
quase sete horas de viagem, e o calendário brasileiro já é apertado",
disse o atacante Viola.
O jogador afirmou que está ansioso pelo clássico de domingo, no
Morumbi. "Vai ser um jogão."
O técnico Leão e o goleiro Zetti
não falam no Corinthians. "Minha
cabeça está voltada para o Sampaio Corrêa", afirmou o treinador.
"O empate na Vila (0 a 0 contra o
time maranhense, no jogo de ida
das semifinais) está atravessado na
nossa garganta", desabafou Zetti.
Leão, no entanto, afirmou não
acreditar que o Santos terá tantos
problemas em São Luís quanto os
que enfrentou na Vila Belmiro.
"Lá, o Sampaio jogou todo atrás,
não tinha a obrigação de atacar. E o
juiz, para piorar, não marcou dois
pênaltis para o Santos. Jogando em
casa, eles abrirão espaço para a
gente, e ficará mais fácil ganhar."
Se houver empate na partida de
hoje, a decisão será nos pênaltis. O
vencedor da partida enfrentará na
final o ganhador do confronto entre Atlético-MG e Rosario Central,
da Argentina, que jogariam ontem
à noite em Belo Horizonte.
Conquistando o título, Leão será
bicampeão, já que, em 97, venceu a
Conmebol com o Atlético-MG.
A psicóloga da seleção brasileira,
Suzy Fleury, elogiou ontem o perfil
de Leão. Para ela, treinadores autoritários e disciplinadores têm
maior possibilidade de conseguir
resultados positivos do que os que
não sejam tão "durões".
Ele tem um perfil parecido com o
do Wanderley Luxemburgo", disse ela. "Não se trata de uma simples observação, mas de uma afirmação com base científica. Uma
pesquisa feita pela Universidade
de São Paulo mostra que técnicos
que pregam a disciplina costumam
se sair melhor."
(JCA)
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