São Paulo, quinta, 24 de setembro de 1998

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FUTEBOL
Temendo pane elétrica, equipe joga hoje contra o Sampaio Corrêa, no Maranhão
Santos tenta ir à final da Conmebol

do enviado a São Luís

Além de se preocupar com os cerca de 70 mil torcedores que devem apoiar o Sampaio Corrêa, hoje, às 20h30, no Maranhão, o Santos torce para que a iluminação do estádio não o prejudique na tentativa de chegar à final da Conmebol, torneio sul-americano de clubes.
A preocupação com a iluminação é plenamente justificada pelo que aconteceu segunda-feira e terça-feira, quando primeiro o Brasil e depois a Iugoslávia treinaram no estádio Castelão para o amistoso de ontem à tarde.
Na segunda, assim que Wanderley Luxemburgo começou a treinar seus 21 jogadores, metade dos refletores do estádio se apagaram. Anteontem, na hora do treino da Iugoslávia, o problema voltou a acontecer. Sem luz no Castelão, os europeus tiveram de encerrar o treinamento após dez minutos.
"Espero que isso não aconteça na nossa partida, porque seria uma lástima ter que jogar em outra data, já que para chegar a São Luís são quase sete horas de viagem, e o calendário brasileiro já é apertado", disse o atacante Viola.
O jogador afirmou que está ansioso pelo clássico de domingo, no Morumbi. "Vai ser um jogão."
O técnico Leão e o goleiro Zetti não falam no Corinthians. "Minha cabeça está voltada para o Sampaio Corrêa", afirmou o treinador.
"O empate na Vila (0 a 0 contra o time maranhense, no jogo de ida das semifinais) está atravessado na nossa garganta", desabafou Zetti.
Leão, no entanto, afirmou não acreditar que o Santos terá tantos problemas em São Luís quanto os que enfrentou na Vila Belmiro.
"Lá, o Sampaio jogou todo atrás, não tinha a obrigação de atacar. E o juiz, para piorar, não marcou dois pênaltis para o Santos. Jogando em casa, eles abrirão espaço para a gente, e ficará mais fácil ganhar."
Se houver empate na partida de hoje, a decisão será nos pênaltis. O vencedor da partida enfrentará na final o ganhador do confronto entre Atlético-MG e Rosario Central, da Argentina, que jogariam ontem à noite em Belo Horizonte.
Conquistando o título, Leão será bicampeão, já que, em 97, venceu a Conmebol com o Atlético-MG.
A psicóloga da seleção brasileira, Suzy Fleury, elogiou ontem o perfil de Leão. Para ela, treinadores autoritários e disciplinadores têm maior possibilidade de conseguir resultados positivos do que os que não sejam tão "durões".
Ele tem um perfil parecido com o do Wanderley Luxemburgo", disse ela. "Não se trata de uma simples observação, mas de uma afirmação com base científica. Uma pesquisa feita pela Universidade de São Paulo mostra que técnicos que pregam a disciplina costumam se sair melhor." (JCA)


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