São Paulo, quinta-feira, 24 de outubro de 2002 |
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FUTEBOL Terceiro tropeço seguido termina com briga de jogadores com policiais Santos leva derrota, spray e cassetete em jogo no Pará
DA REPORTAGEM LOCAL Em sua terceira derrota consecutiva no Brasileiro-2002, o Santos levou dois gols, o zagueiro Preto tomou um golpe de cassetete, e o técnico Émerson Leão recebeu um jato de spray no rosto durante briga com a PM paraense. A confusão aconteceu aos 41min do segundo tempo, quando os santistas protestavam sem razão após o segundo gol do Paysandu, que saiu vitorioso por 2 a 1, no jogo realizado no Mangueirão. Apesar de o gol ter sido legal, os jogadores visitantes, acreditando ter ocorrido impedimento no lance, cercaram juiz e auxiliar. Uma barreira da Polícia de Choque foi formada para proteger os árbitros. Aí começou um empurra-empurra e um bate-boca entre santistas e policiais. Na confusão, um policial deu um golpe de cassetete em Preto, que, sangrando muito, desmaiou. A agressão aumentou a ira dos santistas, que começaram a desferir chutes e socos contra a muralha de escudos da polícia. Leão, que discutia muito com os PMs, acabou levando um jato de gás pimenta em seu rosto. "Houve uma agressão, mas vamos apurar os motivos e de quem partiu a violência", disse o major Eraldo Martins, responsável pelo policiamento. Por seu lado, Leão mostrou-se revoltado: ""São todos uns incompetentes. São uns assassinos. Isso não é um jogo. É uma guerra". Um boletim de ocorrência foi feito ainda nos vestiários do estádio. O jogo só foi retomado meia hora depois, e, após três minutos, encerrado pelo juiz Antonio Pereira da Silva. Como o Santos já tinha feito três substituições, terminou com nove em campo (Diego fora expulso no primeiro tempo). O mesmo nervosismo repetido na confusão do final, o Santos mostrou durante o jogo todo, com muita afobação, individualismo e faltas despropositadas. Dois lances mostraram bem isso. Logo aos 2min de jogo, o lateral-esquerdo Leo empurrou o atacante Vandick dentro da área: pênalti, que foi defendido por Júlio Sérgio. Aos 37min, foi a vez de o meia Diego revidar uma falta dando um coice em Sandro. O gesto lhe custou o cartão vermelho. Com a terceira derrota seguida (perdera antes para São Paulo e Lusa), o Santos parou nos 32 pontos, caindo da vice-liderança para o quinto lugar, começando a ver ameaçada sua classificação. O jogo foi ruim, com os dois times entrando com muita disposição, mas pouca organização. O resultado foi uma porção de jogadas desperdiçadas, bolas perdidas, muitas faltas e, consequentemente, diversos cartões. O Paysandu foi superior por ter mais chances de marcar, principalmente no segundo tempo, quando tinha um jogador a mais. Os paraenses marcaram primeiro, aos 11min do primeiro tempo, com Zé Augusto escorando um cruzamento da direita. O Santos marcou logo depois, aos 13min, com Elano de cabeça, após passe, também de cabeça, de Preto, que acabaria o jogo hospitalizado após agressão policial. Mas quem acabou fazendo o segundo gol foi o paraense Vandick, aos 41min do segundo tempo, tocando, em situação legal, na saída do goleiro Júlio Sérgio. Com Agência Folha, em Belém Texto Anterior: Parreira é expulso no país pela 1ª vez Próximo Texto: Diego dá coice, é expulso e criticado Índice |
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